Psicoterapeuta Junguiana Giovanna Anobile

Psicoterapeuta Junguiana Giovanna Anobile “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta.” Carl G. Jung

Um feliz dia das mães…para mães reais, menos ideais.E que possamos, filhos e filhas, mães e pais também filhas e filhos,...
12/05/2024

Um feliz dia das mães…
para mães reais, menos ideais.

E que possamos, filhos e filhas, mães e pais também filhas e filhos, ressignificar nosso próprio materno, em toda imensidão simbólica desta Grande mãe: a natureza, a mulher, o outro, nós mesmas e também a mãe pessoal que há em cada um de nós, e o indivíduo mãe e mulher, complexa e imperfeita em sua própria falta de ser humana em sua existência singular.

“Um mundo se forma no nosso devaneio, um mundo que é o nosso mundo. E esse mundo sonhado ensina-nos possibilidades de en...
20/04/2024

“Um mundo se forma no nosso devaneio, um mundo que é o nosso mundo. E esse mundo sonhado ensina-nos possibilidades de engrandecimento de nosso ser nesse universo que é o nosso.
(…)
Veremos que certos devaneios poéticos são hipóteses de vidas que alargam a nossa vida dando-nos confiança no universo.
(...)
Existe um futurismo em todo universo sonhado.
Joë Bousquet escreveu: ‘Num mundo que nasce dele, o homem pode tornar-se tudo’.” (Bachelard)

Colocar-se em análise requer também um profundo compromisso consigo. Muito mais do que evoluir em questões cotidianas, e...
17/04/2024

Colocar-se em análise requer também um profundo compromisso consigo. Muito mais do que evoluir em questões cotidianas, em metas e objetivos corriqueiros, contrário a uma perspectiva utilitarista do processo, uma análise requer um passo além na psicoterapia.

Trata-se de alcançar recursos para sustentar a própria individualidade diante da vida e também desenvolver uma relação harmônica com o todo.

É muito fácil que no contato com esse desconhecido que a nós se apresenta, o inconsciente, atue a tentativa de controle costumeira e constantemente encorajada pelo mundo vigil, quando ali, na verdade, imperam a imprevisibilidade da natureza e do instinto.

“A individuação consiste, basicamente, em tentativas constantemente renovadas, constantemente exigidas, de combinar as imagens interiores com a experiência exterior. Ou, dizendo de outro modo, é o esforço no sentido de: fazer tornar-se inteiramente nossa própria intenção aquilo que o destino pretende fazer conosco” (W . Bergengruen).

Fato é, o inconsciente atua de toda forma, muito superior a nossos planos conscientes, nas palavras de Jung, “o inconsciente é natureza que nunca se engana: só nós nos enganamos”.

Não há controle ou domínio do inconsciente, como também não se propõe uma absoluta entrega. O que se pretende é estabelecer um relacionamento, e, na medida em que nos relacionamos, é que elaboramos nosso processo de consciência, reconstruindo nossa relação conosco, incluindo nossas partes controvertidas, com o outro e em nosso papel enquanto humanidade.

“Quando vemos a nós mesmos como seres concebidos para expressar a total criatividade da nossa vida, podemos então compreender nossos hábitos, nossos devaneios, nossas fantasias, nossos valores e as dualidades da nossa personalidade, e usá-los a serviço dessa expressão. Não são apenas as nossas palavras, trabalhos e relacionamentos que nos descrevem enquanto seres individuais. O que importa é aquilo que somos. E talvez os aspectos controvertidos da nossa personalidade estejam adicionando um certo matiz, um certo tom ou o ímpeto necessário para energizar o nosso movimento em direção ao Eu e à expressão vital e criativa do nosso próprio ser”(Marsha Sinetar).

“Um dos objetivos da análise é levar a consciência a funcionar novamente de acordo com a natureza.” (Marie-Louise von Fr...
31/03/2024

“Um dos objetivos da análise é levar a consciência a funcionar novamente de acordo com a natureza.” (Marie-Louise von Franz)

Uma feliz e simbólica Páscoa! 🐣🐇✨

“A secular ambição de conhecer, manipular e controlar o corpo (...) abarca o psíquico e o orgânico, a ciência e o imagin...
20/03/2024

“A secular ambição de conhecer, manipular e controlar o corpo (...) abarca o psíquico e o orgânico, a ciência e o imaginário, a tecnologia e a sociedade. Ela se associa a valores e a justificativas que se modificam no decorrer dos anos e de acordo com as culturas.
(...)
Mas menos do que o fim da vontade de controlar os corpos, a exaltação do bem-estar emerge como uma nova estratégia para legitimá-la. Pois controlar o corpo implica agora colocá-lo em movimento muito mais do que cerceá-lo. Ter o domínio de si é menos uma tarefa de restrição e de contenção do que de diversificação e ampliação das forças corporais e psíquica.
(...)
Por conseguinte, em plena era do culto ao ‘bem-estar’, antigos receios em vez de desaparecerem serão atualizados. (...) Te**es de rendimento físico periódicos, associados não mais à doença em particular mas também à saúde, não somente nas clínicas e hospitais, mas nas academias de ginástica, nos parques, durante o lazer. O que vale é entrar em contato com o próprio corpo, ‘não abandoná-lo’, perceber suas características físicas e subjetivas, medi-las, controlá-las, dialogar com elas para estender ao infinito os níveis de prazer e de relação consigo.
(...)
Com o aumento vertiginoso das tecnologias que nos prometem o acesso rápido, tanto ao mundo exterior quanto ao nosso mundo interno, cresce o fascínio pelo ‘estar em relação’, mas também o receio de não saber onde pairam, onde pisam, onde moram nossos corpos.
(...)
Centenas de opções de como encontrar o bem-estar, de como se conhecer e se fortalecer estão expostas nas lojas, nas farmácias e na mídia. Mais livre para decidir como construir o próprio corpo e, no entanto, mais solitário e incerto na decifração de uma subjetividade que se quer mutante e na escolha dos produtos e serviços destinados a aumentar os níveis de satisfação pessoal no cotidiano, o indivíduo tende a se transformar no seu principal empresário.” (Denise Bernuzzi)

Sobre os desafios em se relacionar consigo em sua natureza, e assim, também se relacionar com o mundo, na redescoberta dos prazeres e das dores, inteligência e instinto, frente a um corpo, orgânico e psíquico, cada vez mais informatizado e metrificado.

Que em 2024 os planos deixem espaço para o desejo atuar, mas que o desejo permita-se falhar, criando a poesia singular d...
30/12/2023

Que em 2024 os planos deixem espaço para o desejo atuar, mas que o desejo permita-se falhar, criando a poesia singular dos nossos dias.

“O racional é contrabalançado pelo irracional e aquilo que se planeja, pelo que é dado.” (Carl G. Jung)

🎨 arte surrealista de Christian Schloe.

Nesta época, em especial, nos confrontamos com os “desejos”. Os desejos de consumo, os desejos para o novo ano, os desej...
21/12/2023

Nesta época, em especial, nos confrontamos com os “desejos”. Os desejos de consumo, os desejos para o novo ano, os desejos daquele ano que se conclui. Falamos em desejo ou estamos falando em planos?

Em épocas como esta, sobretudo, talvez ascenda a necessidade da indagação.

Enquanto o calendário alerta um novo ciclo, retomar nosso próprio tempo. E se passado e futuro entram em colisão, resta apropriar-nos do presente.

Para Jung “a natureza reflete tudo que existe em nosso inconsciente. (…) O inconsciente é natureza que nunca se engana: só nós nos enganamos.”

Na contemplação da natureza, podemos reencontrar nossa própria humanidade, e do nosso mundo interno, podemos encontrar a ressonância com o mundo exterior.

Na medida em que nos vemos indivíduos por inteiro, constituídos de natureza paradoxal, entre sombras e luzes, de invernos e primaveras, de noites escuras a dias ensolarados, também podemos exercitar a empatia para com o outro e desempenhar nossas funções no mundo e enquanto coletividade.

Redescobrir-se em suas subjetividades e se relacionar com seu desejo, é também criar espaço para existir. Não pela indiferença das exigências e ditames sociais, mas se diferenciando para não fazer-se subproduto delas.

Tal qual deve o inconsciente guiar uma análise, a fim de que possa ali imperar a natureza do indivíduo em seu potencial criador, que nossos planos para um novo ciclo possam também ser guiados pelo nosso real desejo.

“O fundo da psique é natureza e natureza é vida criadora. É verdade que a própria natureza derruba o que construiu, mas vai reconstruir de novo.” (Jung)

É comum em análise que se passe diversas e diversas vezes pela narrativa de uma mesma situação, motivo muitas vezes de i...
14/11/2023

É comum em análise que se passe diversas e diversas vezes pela narrativa de uma mesma situação, motivo muitas vezes de incômodo, “de novo estou falando sobre isso”. Mas é do olhar por muitas perspectivas que a história se reinventa, a visão se amplia e, mais especialmente, dá alívio ao coração.

Jung atenta, no entanto, como não é só a mera repetição que gera o efeito na ab-reação, mas a narrativa em análise, onde se estabelece a troca com outra pessoa humana.

Pelo elo da transferência o analista pode assimilar os conteúdos psíquicos que lhe são apresentados, ao passo que para o analisando se constrói a ponte que sustentará a transformação. Mas em uma análise junguiana é preciso ir além. Somente uma relação pessoal, entre dois indivíduos que se colocam na qualidade de seres humanos, é possível criar o espaço necessário para fundar novos alicerces para a construção e ampliação de uma relação consigo mais livre e criativa, com a riqueza de significado daquele que explora com curiosidade as possibilidades de sua existência.

“Deve levar o paciente a uma renovação, a uma atitude mais sadia e mais apta para a vida. Muitas vezes isso implica uma modificação radical na maneira de encarar o mundo. (…) A parte doente não pode ser simplesmente eliminada, (…) nossa tarefa não é destruir, mas cercar de cuidados e alimentar o broto que quer crescer até tornar-se finalmente capaz de desempenhar o seu papel dentro da totalidade da alma.” (Carl G. Jung)

Sob o propósito da transformação, analista e analisando nunca são os mesmos, estão sempre se conhecendo novamente em novas facetas. Mais uma razão pela qual ao analista é tão precioso permanecer em processo de análise.

Para ser instrumento da transformação do outro, é preciso trabalhar continuamente em nossa própria.

Assim, somos sempre nós, mas nunca os mesmos.

Por trás de cada palavra há a imagem e é através dela que compreendemos o mundo, isso Jung já enfatizava: “da imagem que...
07/11/2023

Por trás de cada palavra há a imagem e é através dela que compreendemos o mundo, isso Jung já enfatizava: “da imagem que o ser humano pensante cria do mundo, ele modifica também a si próprio.”

Embora hoje ainda se questione um inconsciente coletivo que reserva na psique todo o sedimento de nossa história evolutiva, apesar de suas reminiscências empregadas e cada vez mais pronunciadas nos mais diversos enlaces sociais, artístico, político, comunicacional - e embora tenhamos a afirmação que nosso corpo é resultado desta mesma evolução. Observamos o advento da inteligência artificial que agora traz à tona a questão: um compilado algorítmico de dados que se traduz em imagens. Mesmo imagens oníricas podem ser representadas pela IA com poucos termos descritivos e pela visão, nosso sentido mais desenvolvido, o imaginário alcança nova dimensão do concreto, algo que temos refletido em supervisão clínica.

O inconsciente está em tudo, isso já sabemos, mas em nosso materialismo estrutural é como se navegasse por novas ondas e assim, real e imaginário se fundem em novas formas, no enlace do velho e do novo, talvez em novas ampliações ao sincronístico e algo muito maior que uma compreensão unilateralmente racionalista pode apreender.

“Todas essas categorias (mitos, símbolos, imaginário) que o racionalismo moderno tinha minorado, marginalizado, até mesmo negado, eis que elas voltam com força e constituem o que eu chamei de “ética da estética”. Ou seja, o elo, o cimento social, a partir das paixões e das emoções repartidas. Repartição, que, como uma onda profunda, como um tsunami, derruba, em sua passagem, as certezas, os modos de vida, e diversas seguranças ou muralhas que os tempos modernos tinham, progressivamente, erigido em torno de um social pobremente racional.
(…)
Retorno de um imaginário societal, o dos sonhos e mitos fundadores, o da memória enraizada, imaginária, que enfatiza os afetos em seus transbordamentos imprevisíveis e indomináveis.
(…)
Em resumo, o irreal para compreender o real. (…) Dionísio ou Eros filósofo lembrando-se na boa lembrança dos gestionários racionais, e um pouco desencarnados, da coisa pública.” (Michel Maffesoli)

“O fato de estarmos lidando com uma demonização não nos diz muito; precisamos nos perguntar: o que está sendo demonizado...
31/10/2023

“O fato de estarmos lidando com uma demonização não nos diz muito; precisamos nos perguntar: o que está sendo demonizado?” (Verena Kast)

Ao longo dos tempos diversas formas do feminino sombrio ilustram as estórias usadas para assustar os meninos, ainda hoje, as mais diversas figuras desse imaginário nutrem narrativas de terror ficcional.

Em nossa história, vivemos um dos maiores massacres que já existiu, vitimando milhões de mulheres, acusadas e julgadas pela busca de seu próprio desejo. Incrivelmente, porém, não é isso que ainda hoje vemos com horror, mas as próprias mulheres perseguidas é que protagonizam as fantasias assombrosas que provocam medo.

Entre mulheres, ainda prevalece a cisão do bom e do mau feminino, diferindo aquilo que lhe é esperado e legitimado pela cultura, daquilo que é obscuro, perigoso e foge ao ideal da feminilidade. Entre homens adultos ainda são vivenciados os efeitos das bruxarias de suas mães, que pela impossibilidade de integrar em si seu próprio feminino, são assombrados por ele.

Por esses contornos da cultura, em termos psíquicos, tanto para a consciência feminina quanto masculina, é o feminino que é subjugado, destinando-lhe o lugar sombrio que hoje, a própria mulher em sua representação societal, luta por superar.

“A relativa desvalorização da mulher se compensa por aspectos demoníacos, pois todos os conteúdos inconscientes, na medida em que são ativados por parcelas dissociadas de libido, aparecem projetados no objeto. (…) o homem a ama menos em certo sentido, mas, em compensação, a mulher se apresenta como perseguidora, isto é, como bruxa.“ (Jung, OC 6)

Por isso quando uma figura sombria como essa se apresenta, vale sobretudo questionar, por que essa figura me parece sombria?

A destruidora Perséfone pode nos invocar a capacidade de transmutar nossos monstros. Baba Yaga, esse aspecto de Grande Mãe perversa, nos leva ao encontro de nossa própria intuição. A tríplice Hécate nos aponta a totalidade e restabelece a matrística no tempo. Lilith desperta a subversão que pode fazer emergir um Eros renegado.

“A mulher de hoje está diante de enorme tarefa cultural que significa talvez o começo de nova era” (Jung, OC 10/3)

"Toda obra humana é fruto da fantasia criativa. Se assim é, como fazer pouco caso do poder da imaginação?" (Carl G. Jung...
27/10/2023

"Toda obra humana é fruto da fantasia criativa. Se assim é, como fazer pouco caso do poder da imaginação?" (Carl G. Jung)

Que possamos ser mais do que só adultos 🤍“O homem chega à sua maturidade quando encara a vida com a mesma seriedade que ...
12/10/2023

Que possamos ser mais do que só adultos 🤍

“O homem chega à sua maturidade quando encara a vida com a mesma seriedade que uma criança encara uma brincadeira.” (frase atribuída a Nietzsche)

"A análise não é uma “cura” que se pratica de uma vez para sempre, mas, antes do mais e tão somente, um reajustamento ma...
03/10/2023

"A análise não é uma “cura” que se pratica de uma vez para sempre, mas, antes do mais e tão somente, um reajustamento mais ou menos completo. Mas não há mudança que seja incondicional por um longo período de tempo.

A vida tem de ser conquistada sempre e de novo.

(...)

Todo aumento de experiência e de conhecimento é um passo a mais no desenvolvimento da cosmovisão.

E com a imagem que o homem pensante forma a respeito do mundo ele se modifica também a si próprio."

(Carl G. Jung)

Essa deve ser a reclamação que recebo com mais frequência! 😅Por isso me animei em trazer um compilado de alguns pontos i...
28/09/2023

Essa deve ser a reclamação que recebo com mais frequência! 😅

Por isso me animei em trazer um compilado de alguns pontos interessantes para dar uma ideia sobre o processo, mas que nem de longe teria a audácia de sintetizar uma obra tão ampla e que nos exige essencialmente paciência, respeito e dedicação para explorá-la, mas também certo espírito de aventura para experienciar uma jornada que nos envolve por completo, não tornando-a num dogma, nem mesmo convertendo a um estilo de vida, mas que ainda assim requer uma vivência para muito além do intelecto.

Embora desafiadora em termos de expandir as fronteiras do conhecimento, o conhecimento em sua essência é e pretende ser uma jornada cíclica que sempre se renova, e isso nos exige constantemente a trajetória na Psicologia Analítica.

Da psicopatologia a religião comparada, de Kant a alquimia, de biogenética a Nietzche. Eis um pouquinho da jornada da leitura das obras de Jung.

E por aí, já se viu com essa questão?

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