
07/07/2025
Pensa em uma situação bem difícil, que está tendo bastante dificuldade para conseguir superar. Chato, né? Frustrante, dá raiva, tristeza. A gente se sente bem mal geralmente.
Agora pega essa situação e vamos colocar o tratamento padrão: críticas sobre como você deveria fazer melhor, sobre como deveria ser capaz, sobre como é incapaz, burra, inapta, etc.
Ainda sobre a mesma situação, vamos tratar das dificuldades sob um olhar diferente: você se sente triste por ainda não conseguir, mas para um pouquinho para pensar em quais as suas dificuldades e como pode se ajudar a superar. Não se diminui, não se destrói.
Qual dos dois caminhos te faz ter mais vontade de tentar novamente? A crítica ou a compaixão?
Temos a impressão de que se formos compassivos conosco vamos acabar desistindo de fazer, não é? Não é incomum pensar assim, o mundo repete isso incansavelmente.
Para ficar mais fácil, imagine uma criança que você ama. Pode ser um filho(a), sobrinho(a), primo(a), filhos de coração e pode também ser você com seus 6 aninhos. Você falaria para essa criança que está com medo de não conseguir e frustrada, que ela é burra, incapaz, que não faz nada direito? Se você diria, como acha que ela se sentiria? Acredita que ela se sentiria segura para tentar aprender e superar ou ficaria com medo das humilhações?
Você, quando se critica, faz porque se sente capaz ou por não querer mais humilhações? De fato, as duas opções podem funcionar no agora. Mas se pensarmos em construção de autoestima, segurança, confiança, te garanto que quanto mais a gente se humilha, mais temos medo de tentar, se mostrar ao mundo que estamos aprendendo e superando.
A violência, mesmo contra nós mesmos, não gera motivação, causa medo, ansiedade, fracasso.
Experimente agir diferente! Se você já se criticou tanto e não deu certo, experimenta se tratar com carinho e paciência e veja como você pode ser capaz de fazer o que precisa e também de se sentir bem consigo mesma.
Psicóloga Giselle Nanci Vitoriano Zanirato|CRP14/07467-2 💭🫂