
11/04/2022
Existem muitas dicas de organização e planejamento da rotina. Tentamos fazer tudo caber dentro do dia mas, frequentemente, acabamos com a sensação de que faltam horas para dar conta de tudo.
Entrar num ciclo automático é se deparar com um tempo devorador, que não permite que as tarefas caibam confortavelmente na rotina - que dirá o descanso e os prazeres.
Quando esse automático domina, render parece impossível. Pensar e se concentrar são desafios intransponíveis; executar tarefas então, mesmo as mais simples, levam a um esgotamento desproporcional. A cabeça dói, os músculos tensionam, o sono se perturba...
Se fecharmos os olhos e silenciarmos por um breve momento, podemos vislumbrar nesse caos uma parte interna às vezes desconhecida, às vezes esquecida. Abafado por um mundo exigente e barulhento existe a alma, uma parte inteira que faz parte do nosso organismo. Ali há potenciais incríveis a serem desvendados. Mas nada vem de graça e, para nos aproximarmos de tal potencial, precisamos trabalhar... Só que esse trabalho não cansa; pelo contrário, ele nutre. O tempo ali rende diferente. A sensação não é devoradora, mas de um companheirismo acolhedor. O resultado não vem por exigência e não se mede por desempenho, mas por um fluir leve.
Ali há a beleza de se encontrar consigo próprio. Não quer dizer que é um contato fácil e belo apenas, pois exige intenção, disposição e coragem. Mas é um contato necessário para estarmos fortalecidos em si para podermos ir para fora de forma mais harmoniosa.
Há aqui um relação possível e que sempre nos chama de volta para dentro. Basta ouvirmos com atenção!