19/05/2023
Quantas vezes na vida você já não tentou “controlar” uma emoção de raiva, de tristeza ou de medo? Quantas vezes negou o que sentia? Culturalmente, fomos por anos ensinados a repelir algumas emoções e sentimentos considerados “ruins”, sem nos dar conta de que esse sentir, mesmo quando é desagradável, também pode fazer parte de nossos aprendizados.
A Pixar, mais uma vez, aposta na diversidade para trazer ainda mais identificação ao público, que a cada vez mais preza por isso, mas sem deixar de oferecer uma história divertida e que emociona.
A trama (sem spoiler) conta a história da personagem Mei, uma pré-adolescente de 13 anos que começa a sentir as mudanças no seu corpo e na personalidade, se tornando um clichê da própria idade. Gostando de garotos e de boybands, a garota não consegue ser 100% quem ela é por causa da superproteção da mãe.
As mudanças em seu corpo, no entanto, são representadas na sua transformação de garota para um panda-vermelho gigante quando está com as emoções afloradas, e a justificativa para essa mudança está, em parte, em questões culturais e crenças asiáticas. A animação traz uma mensagem de que é possível aceitar quem você é e quais são os seus sentimentos, ainda que a jornada não seja nada fácil.
Explora, ainda, a cultura chinesa com uma família que preza pelas suas raízes, mas em vez de incomodar por estereótipos e abraçar os preconceitos existentes, consegue ser respeitosa.
Red: Crescer é uma Fera, mostra as dificuldades emocionais no longo e doloroso processo de transição para a vida adulta.
Sua mãe, Ming, é quem mais sofre com essas mudanças, sobrecarregando a filha com seus sentimentos., sendo que, curiosamente, ela passou pelas mesmas questões com a avó de Mei, porém esconde suas vulnerabilidades na imagem de uma pessoa forte e imbatível, como forma de defesa.
Vale a pena conferir!