27/04/2021
Estes dias, eu estava pensando em como nós sentimos tanto medo de nos abrirmos com Psicólogas (os). As vezes, eu mesma, que já faço terapia há quatro anos, me sinto nervosa antes das sessões.
Nós temos medo de sermos julgados ao nos expressarmos, de usarem o que nós sentimos contra nós, de sermos um fardo para os outros. Nós hesitamos em nos expressarmos por receio de que resumirão aquilo que nos machuca à drama e/ou frescura, porque por mais que a Saúde Mental seja um debate muito mais discutido agora, ainda há muito estigma acerca da mesma, assim como a ideia de que "Psicólogo é coisa para louco".
Nós acreditamos que é melhor guardar para nós mesmos, porque não existe alguém capaz de compreender o que acontece conosco. Temos medo da exposição e de acabarmos mais machucados do que já estávamos. Nós batemos forte na tecla de que fazer terapia não adiantará de nada, pois se for para conversar, que não seja, necessariamente, com uma Psicóloga (o), não é?
E é mesmo muito complicado dizer que nós não precisamos nos sentir dessa forma quando se trata de começar a fazer terapia, até mesmo para mim, que faz parte da classe de profissionais da Psicologia e também tem acompanhamento psicoterápico há tanto tempo. Nós nos sentimos ansiosos antes das sessões, pois ao longo das nossas vidas, nós nos relacionamos com diversas contingências, muitas vezes, aversivas, que nos condicionam a nos esquivarmos e a fugirmos de situações que se assemelhem àquelas que já ocorreram e foram negativas para nós. Isso desde quando nós éramos crianças.
O que nós sempre devemos considerar é que as (os) psicólogas (os) são profissionais orientadas (os) à atender as nossas demandas da maneira mais humana e empática possível, que não deve ocorrer de maneira crítica, punitiva e/ou baseada em opiniões do próprio profissional.
Por isso, pesquisar muito bem sobre as (os) psicólogas (os) disponíveis para atendimento psicoterápico é tão importante quanto fazer terapia!
Psic. Stephani Campanerut | CRP 08/33265