22/01/2024
Há um tempo atrás, passei por uma situação muito dolorosa. Tão dolorosa quanto íntima, e sinceramente, não me sinto confortável em compartilhar mais detalhes por aqui. Mas, faz parte do meu propósito trazer à tona algumas questões, pois as mulheres que me seguem, podem estar sofrendo destas mesmas dores. Quem me acompanha mais de perto sabe do que estou falando.
O fato é que me senti atacada, e impotente, e sabia que precisava tomar uma decisão definitiva. Mesmo consciente disso, enfrentei uma dificuldade tremenda em comunicar o que desejava.
O medo, esse sentimento inconsciente, me paralisava. Eu empurrava a situação com a barriga, sofrendo por não conseguir resolvê-la. Fiquei desconfortável por muito tempo para evitar o desconforto alheio. Deixei de comunicar o que estava dentro de mim, com receio das reações. Na semana passada, tomei coragem, respirei fundo e finalmente fiz o movimento necessário.
Foi nesse momento que percebi que minha dificuldade vinha de uma situação traumática que vivi na infância envolvendo duas babás. Na ocasião, quando criança, também me senti sozinha, abusada, maltratada, sem valor. Nada do que eu falava ou fazia resolvia a situação; pelo contrário, sofria agressões físicas e verbais quando me expressava.
Cresci acreditando que falar só traria mais dor. Ao tomar consciência dessa crença, entendi por que era tão difícil para mim, me expressar. Estava congelada em uma situação do passado, impedindo-me de viver plenamente no presente.
Quantas vezes revivemos situações dolorosas no presente, cujas raízes estão fincadas lá atrás, na nossa infância, na nossa história? E somente buscando esse mergulho profundo na nossa história é que podemos nos curar de fato e viver com leveza no presente.
Se você se conecta com essa história e também quer mudar a realidade, esteja na próxima turma do ProgrAMAR-SE!
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-SE