08/05/2025
Antes de ser mãe, eu tinha tantas certezas. Tantas teorias, tantos “quando eu for mãe, jamais vou…” ou “meu filho nunca vai…”. Eu sonhava com uma maternidade leve, organizada... Mas aí a vida chegou com tudo, junto com a maternidade real — e atípica.
Nada me preparou para os dias em que eu precisaria ser tudo ao mesmo tempo: enfermeira, terapeuta, cozinheira, profissional, educadora, conselheira, faxineira… enquanto lutava internamente com a culpa por não estar sendo boa o suficiente em nenhuma dessas coisas. Não é fácil conciliar um trabalho que nos exige com uma criança que só precisa de presença e atenção. Não é simples lidar com a frustração quando seu filho não responde como o “esperado”, quando você se vê comparando — ainda que lute contra isso — o desenvolvimento dele com o de outras crianças. Confesso que falar sobre maternidade, especialmente agora que meu filho está na adolescência, ainda me deixa com calafrios. Porque junto com cada desafio vencido, vieram também os momentos em que me senti uma fraude. Uma impostora tentando parecer forte, lúcida, capaz — quando por dentro, tudo era um caos. Mas, sinceramente… qual mãe nunca se sentiu assim? Bem-vinda à realidade. Bem-vinda à maternidade. Um lugar onde o amor é imenso, mas a insegurança também é. Com o tempo, aprendi a não me mover pelo que sinto (já fiz e só me dei mal!). Hoje, me movo pelo que creio. E eu creio que as promessas de Deus, para mim e para o meu filho,não se adaptam ao meu humor ou às circunstâncias. Elas permanecem. Firmes. Mesmo quando a realidade me confunde. É essa fidelidade que me sustenta quando eu mesma não sei mais no que me apoiar. A gente se sente fracassada mais vezes do que gostaria de admitir. Chora no banho, esconde a exaustão no sorriso. Mas aí… o filho vem. Com aquele abraço desajeitado, aquele “te amo”, aquele carinho que parece colar de volta todos os pedaços do nosso coração partido. E de repente, tudo vale a pena! Continua no primeiro comentário!👇🏻