30/12/2023
Estou feliz que a minha mãe morreu, já é impactante desde o seu título. Essa foi a minha última leitura do ano e quero compartilhar com vocês as minhas principais impressões, sem spoiler.
O livro conta a história de Jennette McCurdy, uma ex-atriz, cantora, escritora e diretora. Começou sua carreira como atriz aos 6 anos de idade, foi cantora e, também, se destacou em séries infantis e adolescentes de muito sucesso.
No livro, Jennette traz a sua história de vida, com detalhes até então nunca contados antes. É uma escrita corajosa, dolorida e profunda de muitas feridas. Apesar de bem redigida, a leitura é pesada e profunda.
Jennette tinha uma relação bastante complexa com a sua mãe. Seu objetivo sempre foi em agradar e ser aprovada por ela. Sua mãe era tudo para ela, tinha uma imagem firme, forte, de muito controle e, também, de desejo em fazer da sua filha uma atriz de sucesso. Ela não queria desapontar a sua mãe desde muito novinha.
A mãe de Jennette tinha o passo a passo de como fazer tudo. Do que era certo e do que era errado. Ensinou a forma correta da filha interpretar suas falas, de ter ou não amigos, desde como tomar banho até em ter uma alimentação restrita em calorias para manter o peso e o corpo adequados.
Jennette conta que todos os desejos, gostos e hábitos da mãe foram projetados nela. Esse passou a ser o jeito certo de viver. A partir do olhar da mãe. E isso gerou muitas consequências na saúde física e mental de Jennette. Passou por diversos abusos emocionais e físicos nos campos pessoal e profissional, que não soube identificar.
A partir do luto que viveu, muitas mudanças aconteceram em sua vida. Lembrando que não é uma leitura leve. Eu levei muito mais tempo do que previa, pois me permiti sentir todas as emoções. Não foi um livro fácil. Muitas relações são romantizadas pela sociedade e o livro traz um tema impactante e importante para a nossa reflexão.
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