06/10/2025
Tirei essa foto no carro do Léo, na primeira vez que ele me deu uma carona. A foto foi tirada de forma tímida — como eu também estava.
Havíamos acabado de nos conhecer, em um encontro de psicólogos da cidade. Ele sabia que eu gostava da Taylor Swift e, não sei se por coincidência ou tentativa de vínculo, mas quando entrei no carro, ela tocava.
Achei o gesto bonito e quis registrar, sem dizer nada.
Como qualquer pessoa, eu também sinto a necessidade de ter amigos. E, como muitos, nem sempre foi fácil a missão de encontra-los.
Descobri que, para fazer novos amigos, é preciso suportar os primeiros momentos de desconforto — quando a conversa não flui, a timidez pesa e o silêncio parece constrangedor.
É preciso assumir o risco, algo que nem sempre estamos dispostos.
Afinal, é cômodo ficar perto do que já é conhecido: não exige esforço, não nos obriga a olhar, tolerar, ter paciência com a diferença.
Hoje em dia, sentimos até alívio quando o rolê é cancelado e podemos ficar em casa, assistindo ou rolando o feed infinitamente. Lá, vemos e ouvimos apenas o que gostamos — é tudo sobre nós.
Hoje, não à toa, o cansaço é a principal queixa no consultório, sair e conversar é extremamente cansativo.
O que faz refletir: Será que as redes nos viciaram ao ponto de nos enferrujar socialmente? Por que após a pandemia parece ser tão difícil nos relacionarmos?
Pessoalmente, se eu não tivesse encarado o risco de uma carona esquisita, talvez hoje não vivesse os momentos em que eu e o Léo cantamos no carro, a caminho de mais um café.
Cafés que aproximam e que geram frutos.
Frutos como a live desta quinta-feira, onde vamos falar sobre amizades na vida adulta e o porquê de, às vezes, parecer tão difícil fazê-las.
Vamos pensar juntos?
Vem para esse encontro! 🤍