
23/07/2025
REPOSTANDO
As sete doenças mais comuns no inverno
As mudanças nos hábitos de vida também contribuem para o aumento das doenças respiratórias, pois f**amos mais tempo em ambientes internos e expostos ao ar condicionado. As pessoas mais sedentárias, que dormem pouco e se alimentam mal, prejudicam a resposta de defesa do organismo
Com a chegada do outono e do inverno, muitas pessoas sofrem com as oscilações climáticas. O tempo seco e a baixa umidade relativa do ar são fatores que contribuem para o aumento das alergias respiratórias devido à alta concentração de poluentes na atmosfera. Com isso há uma redução dos mecanismos de defesa do organismo, o que propicia o aparecimento de doenças respiratórias como a asma, bronquite, rinite e sinusite.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, as alergias atingem, em média, 30% da população mundial. Especialistas estimam que, até o final do século, metade dos brasileiros deve sofrer com divervos tipos de alergias. Porém, durante o inverno, os maiores níveis de poluentes no ar costumam irritar as vias respiratórias com mais frequência e, nessa estação, ocorre a já conhecida inversão térmica, quando uma camada de ar frio mais pesada acaba descendo à superfície terrestre e retendo os poluentes.
O ar frio também atua como irritante das vias aéreas, o que acarreta mais sintomas alérgicos, como a falta de ar e a coriza. Além disso, a maior circulação de vírus como o da gripe e do resfriado influenciam diretamente no aumento de doenças do aparelho respiratório.
Segundo o pneumologista do HCor – Hospital do Coração, em São Paulo, Dr. Carlos Carvalho, o nosso organismo reage de acordo com a temperatura e com o clima. “A temperatura do nosso corpo internamente é de 37 graus. Em dias muito frios ocorre a vasoconstrição para mantermos o nosso corpo aquecido. Já, com a respiração, existe uma grande perda de água e calor. Quando as vias respiratórias são atingidas por um ar mais seco e frio há uma piora do sistema respiratório, que reduz a produção de muco eliminado pelas glândulas das vias aéreas, na qual existem enzimas e anticorpos protetores. Com o frio, o transporte do muco das vias aéreas inferiores para as superiores f**a comprometido e faz com que as doenças respiratórias se proliferem com maior facilidade”, explica o especialista.
Para se manter protegido de vírus e bactérias que afetam a respiração, atitudes simples podem evitar a proliferação dessas doenças como manter os ambientes arejados, beber bastante líquido e controlar a umidade relativa do ar acima de 50%, são algumas das ações que podem fazer a diferença. Além de receitas caseiras existem no mercado atualmente algumas vacinas para a prevenção de infecções respiratórias como é o caso da gripe, vírus influenza e para o pneumococo. Elas são encontradas em clínicas especializadas, porém devem ser indicadas por um médico.
“No inverno, o HCor, assim como os hospitais e clínicas de nossa cidade, registra um aumento de 30 a 40% no atendimento a pacientes com doenças respiratórias. As crianças e os idosos são os que mais procuram um especialista”, explica Dr. Carvalho.
Dicas úteis para fugir das doenças respiratórias nesse inverno:
Mantenha o organismo hidratado;
Evite fumar ou se expor a ambientes com muita poeira ou fumaça;
Mantenha o ambiente arejado. As bactérias f**am concentradas em ambientes fechados, por isso é importante evitar esses locais fechados;
Evite o contato com pessoas gripadas ou com resfriados, pois essas doenças são adquiridas pelo ar;
Mantenha a respiração sempre pelo nariz e não pela boca, pois as narinas têm a função de filtrar o ar e aquecê-lo;
Lençóis, edredons e roupas devem ser expostos ao sol e lavados sempre que necessário (As pessoas que já possuem problemas respiratórios como bronquite, asma e sinusite devem evitar o contato com bichos de pelúcia, tapetes e produtos que possuem pêlos);
A alimentação deve ser balanceada com sopas e caldos ricos em verduras e legumes. As frutas são essenciais, principalmente aquelas que contêm vitamina C, como a laranja. Elas ajudam a prevenir gripes e resfriados.
Por: HCor
Identifique as doenças mais comuns no inverno
Acompanhe, a seguir, as sete doenças mais comuns no inverno, formas de transmissão, métodos preventivos e de tratamento.
1. Gripes e resfriados
Por definição, resfriado é diferente de gripe. O resfriado é causado principalmente pelo rinovírus e adenovírus, que traz sintomatologia semelhante, porém mais branda, com resolução por volta de cinco a sete dias. Os sintomas são: dor de garganta, coriza, espirro e febre baixa.
Já a gripe é causada por outros tipos de vírus (mais de 200). Apesar da sintomatologia ser semelhante, o período de duração é maior, variando de cinco a sete dias, e os sintomas são mais intensos, envolvendo coriza, febre alta, dor de garganta, dor de cabeça, congestão nasal e calafrios. O tratamento das duas doenças é feito com analgésicos, lavagem nasal e descongestionante nasal, se necessário.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gripe compromete de forma grave cerca de 3,5 milhões de pessoas ao ano. A cronicidade da infecção, ou seja, a não melhora do acometido, pode evoluir para quadros de sinusite e pneumonia. Aliás, graves complicações de sinusite podem ter como desfecho a meningite.
2. Rinite alérgica
A rinite é uma doença crônica que gera a inflamação da mucosa nasal com piora no inverno devido a uma maior exposição a agentes desencadeantes, como poeira domiciliar, ácaros, fungos, pólen, poluição ambiental, entre outros. Os sintomas consistem em coriza, espirros, coceira no nariz e nos olhos. O tratamento na crise pode envolver corticoide nasal, antialérgico e lavagem nasal com solução salina.
3. Sinusite
A sinusite é uma inflamação nos seios da face que causa sintomas, como dores de cabeça, dores na face, secreção nasal posterior amarelada e obstrução nasal. Alguns pacientes podem apresentar dor de cabeça, dor nos dentes superiores, tosse e febre. A sinusite viral é a mais frequente. O tratamento consiste no uso de descongestionante nasal, corticoide nasal e sistêmico, analgésicos, antialérgicos e antibióticos quando a causa é bacteriana.
4. Pneumonia
A pneumonia é uma infecção dos pulmões podendo ser causada por vírus ou bactérias com sintomas, como febre, dores no peito, tosse seca ou com catarro e mal-estar geral. O tratamento consiste em uso de analgésicos; antibióticos, quando indicado, e avaliação de gravidade para determinação da necessidade de internação hospitalar. Em alguns casos, há necessidade de uso de medicamentos inalatórios.
5. Otite
Otite é o nome da infecção do ouvido que pode se apresentar de duas formas: a otite média e a otite externa. Na otite média, a infecção decorre de acometimento da orelha média, região do ouvido que f**a atrás do tímpano, onde se localizam os ossículos (martelo, bigorna e estribo). Neste caso, a infecção é causada por vírus ou bactérias associados a problemas respiratórios, como rinites, sinusites, gripes ou resfriados.
Já na otite externa, o local acometido pela infecção é o canal externo do ouvido, local onde se situa o cerúmen. Neste caso, a infecção é causada por excesso de água nos ouvidos ou trauma local com qualquer tipo de objeto inserido na região para coçar ou “limpar” (hastes flexíveis, grampos, tampas de canetas, etc.)
Os sintomas das otites são: diminuição da audição, ouvido tampado, dor de ouvido. Em alguns casos, pode ocorrer também zumbido e tontura. Sintomas como febre ocorrem associados às otites médias. O tratamento da otite média é com antibiótico oral, enquanto a otite externa requer ap***s antibióticos tópicos auriculares.
6. Asma
Asma é um espasmo muscular da musculatura dos brônquios que causa dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas pioram à noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e às mudanças climáticas. Desta maneira, é causada por fatores alérgicos ou irritativos na via respiratória. O tratamento depende do quadro clínico e da frequência das crises, pode envolver o uso de corticoides e broncodilatadores inalatórios, além de medicações por via oral.
7. Meningite
A meningite é um processo inflamatório das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Os sintomas incluem dores de cabeça, febre, náuseas, dores na nuca com rigidez.
A doença pode ser causada por vírus ou bactérias sendo que no frio é comum haver mais quadros de meningite bacteriana, que pode ser transmitida pela própria respiração das pessoas, principalmente com a proximidade entre elas. Outro fator que aumenta a incidência da meningite no inverno é a circulação do vírus pneumococo, o mesmo vírus que causa a pneumonia e pode ocasionar também quadros de meningite. O tratamento pode envolver antibióticos, corticoides e penicilina. Por: guia da farmácia
Tenha melhor qualidade de vida!
Cuide-se !
Dr Maurice Mansour - (IN MEMORIAN)