29/01/2024
A mulher que eu me tornei tem o coração um pouco mais frio, o olhar um tanto mais apurado, o abraço muito mais seletivo, mas o sorriso, ah, o sorriso continua o mesmo.
A mulher que eu me tornei é um tanto complicada de se decifrar, ela chora pela cena final do filme, mas mostra força nos momentos dificeis da vida real, ela se sente bem rodeada de pessoas, mas também não se incomoda de ficar sozinha, mas o que ela ama mesmo é estar na sua rotina, com o seu amor, vivendo a vida que ela escolheu e a preenche de uma maneira que ela nunca imaginou.
A mulher que eu me tornei foi forjada a cada decepção vivida, a cada lágrima derramada, a cada encontro com a natureza, a cada mergulho no mar e principalmente dentro de si. Ela ainda não entendeu toda a complexidade da vida, mas também já não se cobra tanto por isso. Ela viveu histórias que guarda no fundo da alma, lugares que visitou, amizades que cativou, sorrisos que despertaram o melhor dela e também aqueles que a ensinaram que não se deve confiar em todo mundo.
A mulher que eu me tornei não está pronta, ainda tem muito o que evoluir e o que aprender, principalmente nessa nova fase que se iniciou e que ainda vai se modificar grandemente. Ela ainda erra, ainda escolhe errado, ainda sangra, ainda vai ser muito melhor, muito maior, voar muito mais alto.
A mulher que eu me tornei venceu batalhas que pensava não ser capaz e eu tenho muito orgulho dela por isso, orgulho por ter evoluído tanto, por ter superado cada obstáculo do caminho obscuro que percorreu.
A mulher que eu me tornei, ama ser quem é, pois só ela e eu, sabemos o que precisamos passar pra chegar até aqui.
A mulher que eu me tornei, está cada dia mais dedicada a vivenciar a maternidade real, buscando compreender que nem sempre irá dar conta de tudo, que está tudo bem chorar de cansaço e que pensar em desistir faz parte do processo, mas olhará para vida, certa de que conseguirá vivenciar o processo, percorrer o caminho e ser a cada dia uma versão melhor dela mesma.