07/06/2025
Vivemos em uma sociedade que frequentemente valoriza mais o acúmulo do que o afeto, mais a produtividade do que a presença. Em meio à correria, muitos constroem carreiras bem-sucedidas, preenchem suas agendas com compromissos e acumulam conquistas materiais. No entanto, é comum que, nesse processo, deixem para depois o que realmente importa: os vínculos, o tempo com quem se ama, os momentos que se transformam em lembranças afetivas.
Essas imagens não falam apenas sobre morte, mas sobre a ausência de vida no cotidiano. Elas nos convidam a refletir sobre o tipo de legado que estamos deixando. Ter uma conta bancária cheia, cumprir todos os prazos e ser irrepreensível no trabalho pode significar muito para o mundo exterior, mas pouco para aqueles que esperavam por um abraço, um jantar juntos ou uma conversa no fim do dia.
Na prática clínica, é comum ouvir arrependimentos relacionados ao tempo não vivido com qualidade. Pessoas que se culpam por terem estado fisicamente presentes, mas emocionalmente ausentes. E é nesse ponto que a psicologia propõe um olhar mais atento: qual o real custo das nossas escolhas diárias? O que estamos priorizando e o que estamos negligenciando?
Ainda dá tempo de mudar a história que você está escrevendo. A vida que se vive com sentido não é feita apenas de metas cumpridas, mas de afetos cultivados. Que a urgência de viver não nos roube o essencial.