24/08/2025
Nem todo luto nasce da morte.
Alguns nascem em silêncio, sem flores, sem despedidas, sem velório.
São os chamados lutos invisíveis. Aqueles que ninguém vê, mas que pesam e muito na alma.
A perda de um bebê que só existiu dentro do ventre e do coração.
A saída forçada de um lugar que representava segurança, rotina, história.
A notícia de um diagnóstico que muda completamente os planos.
O afastamento de alguém que está vivo, mas já não caminha ao seu lado.
A dor de enterrar uma versão sua que não existe mais.
O adeus ao bichinho de estimação que era mais família do que muitos humanos.
Essas dores não estampam jornais, não recebem ligações de pêsames.
Mas se alojam no corpo, adoecem a mente, fragilizam o espírito.
E por não serem validadas, muitas vezes são sufocadas.
Espiritualmente falando, todo luto é uma passagem.
Um portal que se abre entre o que fomos e o que precisaremos aprender a ser.
É ali, no vazio, que o Espírito busca força para continuar.
A dor é legítima. E o acolhimento, necessário.
Se você vive um luto invisível, não se compare, não se culpe.
Você não precisa justificar sua tristeza, nem ser forte o tempo todo.
Você precisa apenas se permitir sentir.
Acolher-se. E, se possível, pedir ajuda.
Porque luto não se mede.
Luto se respeita.
E com o tempo, ele floresce em forma de sabedoria, fé e renascimento.
Você não está só.
Se você já viveu um desses lutos, comente a sua experiência.