Fabian André dos Reis - Psicólogo Clínico

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Psicólogo
Especialista em Psicologia Clínica
Abordagem Psicanalítica
CRP 07/20557
Atendimentos On-line e Presencial
Psicoterapia para crianças, adolescentes e adultos.

Os 12 Passos de Narcóticos Anônimos pelo Olhar da PsicanáliseFabian André Dos ReisPsicólogo Clínico – CRP 07/20557Atendi...
22/07/2025

Os 12 Passos de Narcóticos Anônimos pelo Olhar da Psicanálise

Fabian André Dos Reis
Psicólogo Clínico – CRP 07/20557
Atendimento online e presencial
📞 (54) 98129-1210
📍 Caxias do Sul – RS

A jornada dos 12 passos de Narcóticos Anônimos pode ser vista, à luz da psicanálise, como um movimento simbólico de reescrita subjetiva. Cada passo revela-se como um momento de elaboração, um deslocamento da repetição compulsiva para a construção de sentido.

1. Admitimos nossa impotência perante a adicção...
→ Aqui emerge o reconhecimento da falta, o ponto zero do sujeito barrado. O eu confronta o Real do gozo que escapa à sua vontade.

2. Viemos a acreditar... que um Poder Superior poderia devolver-nos a sanidade.
→ A crença no Outro estruturante. A função simbólica do Outro surge como sustentação do desejo, substituindo o objeto droga como suplência imaginária.

3. Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus...
→ A entrega é um ato. Uma travessia da fantasia onde o sujeito se desloca da posição de mestre absoluto de seu gozo para reconhecer-se em falta.

4. Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.
→ Um processo analítico por excelência: retorno ao recalcado, análise das formações do inconsciente, nomeação da cadeia significante do sintoma.

5. Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano... a natureza exata de nossas falhas.
→ Uma cena transferencial. A enunciação diante do Outro que escuta. A ética da verdade em ato.

6. Prontos para que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.
→ Desejar a transformação: o desejo de desejar algo além da repetição, do gozo mortífero.

7. Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições.
→ A humildade não como submissão, mas como reconhecimento do inconsciente. A castração subjetiva como condição de laço social.

8. Fizemos uma lista de todas as pessoas que prejudicamos...
→ Reconstituição do Outro, inscrição do sujeito no campo do desejo e da responsabilidade.

9. Reparações diretas sempre que possível.
→ Reescrever a história, criar um novo enredo. Ato simbólico que reorganiza o lugar do sujeito no discurso do Outro.

10. Inventário pessoal contínuo...
→ A ética da escuta permanente. O inconsciente não é algo a ser vencido, mas escutado.

11. Procuramos melhorar nosso contato consciente com Deus...
→ O laço com o Outro como sustentação. A oração e a meditação como práticas simbólicas que aquietam o excesso pulsional.

12. Tendo experimentado um despertar espiritual... procuramos transmitir esta mensagem...
→ O desejo de analista: ser suporte para o desejo do outro, sustentar a transferência, promover a escuta.

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A leitura psicanalítica dos 12 passos revela o potencial de transformação subjetiva. Não se trata de “curar” a dependência, mas de reinscrever o sujeito em sua história, fora da alienação ao gozo.

Se deseja aprofundar essa travessia em escuta clínica e ética, entre em contato.

🜂 O Desejo e sua Interpretação: A Cena Inconsciente do SujeitoNo Seminário 6, Lacan nos conduz ao centro da experiência ...
22/07/2025

🜂 O Desejo e sua Interpretação: A Cena Inconsciente do Sujeito

No Seminário 6, Lacan nos conduz ao centro da experiência analítica: o desejo. Mas não qualquer desejo — não o desejo como demanda, nem como simples pulsão — e sim o desejo como aquilo que insiste, que escapa, que funda o sujeito.

Interpretar, para Lacan, não é decifrar um sentido oculto, mas tocar o ponto em que o desejo se articula com a linguagem. É intervir na fala para deslocar o sujeito do lugar fixo da repetição. Por isso, o analista não interpreta com explicações, mas com cortes, com escansões, com atos que reorganizam o campo significante.

Nesse seminário, Lacan aprofunda a ideia de que o desejo se escreve na cadeia simbólica como falta: ele não visa um objeto, mas gira em torno de algo que está perdido desde sempre. O desejo é metonímico — ele se desloca, se enreda, se insinua nos lapsos, nos atos falhos, nos sonhos, nos sintomas. Por isso, a interpretação deve tocar o real do sujeito, sem pretensão de completude.

Freud já apontava que todo sonho é a realização de um desejo. Lacan, retomando isso, mostra que esse desejo é inconsciente — ou seja, ele não é sabido, não é dito, mas se dramatiza. O sujeito é atravessado por significantes que o desejam, que o representam, e nesse jogo, ele se perde e se constitui.

O trabalho do analista é, então, o de escutar os ecos desse desejo, e através da transferência, permitir que algo do sujeito emerja em relação com o seu próprio enigma. A análise não entrega respostas, mas sustenta a pergunta: o que você quer?

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Fabian André Dos Reis
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🜁 Pertencimento: o Lugar do Sujeito na Trama do DesejoO sentimento de pertencimento não é dado — é construído. E muitas ...
22/07/2025

🜁 Pertencimento: o Lugar do Sujeito na Trama do Desejo

O sentimento de pertencimento não é dado — é construído. E muitas vezes, com dor. Na escuta clínica, é comum encontrarmos sujeitos que carregam um vazio difuso, uma impressão de que não há lugar para eles no mundo, na família, no laço social. Mas o que está em jogo, nesse não-pertencer, não é apenas a exclusão concreta — é uma ferida simbólica, uma rachadura na inscrição do sujeito na ordem do desejo.

Desde Freud, sabemos que a subjetividade se forma a partir de um corte: somos marcados pelo Outro, por suas palavras, seus olhares, suas faltas. Pertencer, então, não é ser incluído mecanicamente em um grupo, mas encontrar um lugar simbólico na narrativa do desejo. É saber-se falado, esperado, nomeado — mesmo que pela via do equívoco.

Lacan nos ajuda a pensar que todo sujeito é efeito da linguagem. E se há algo que angustia é a sensação de não ter sido suficientemente nomeado, reconhecido, inscrito no desejo do Outro. Quando o pertencimento falha, o sujeito muitas vezes se perde em identificações frágeis, atuações repetitivas ou até mesmo no sintoma que denuncia, silenciosamente, essa ausência de lugar.

Na clínica, acolher essa dor de não-pertencer é mais do que escutar: é sustentar, junto ao sujeito, a possibilidade de encontrar um novo modo de se inscrever. Não há manual. Há construção. Palavra por palavra, silêncio por silêncio, traça-se a travessia. E ali, na transferência, algo da experiência de pertencer — ainda que minimamente — pode ser experimentado.

Pertencer, na psicanálise, é menos uma certeza e mais uma aposta: de que é possível ocupar um lugar no desejo, mesmo que seja um lugar em aberto.

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Fabian André Dos Reis
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A Sociedade do Espetáculo e o Inconsciente Coletivo da ImagemVivemos tempos em que o olhar vale mais que o encontro. Com...
21/07/2025

A Sociedade do Espetáculo e o Inconsciente Coletivo da Imagem

Vivemos tempos em que o olhar vale mais que o encontro. Como observou Guy Debord, “o espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens.” Nessa sociedade onde tudo se mostra, mas pouco se revela, a experiência subjetiva é frequentemente abafada pela necessidade de performar para o Outro — seja ele o olhar virtual das redes, a lógica do consumo ou a própria idealização de si.

A psicanálise, nesse contexto, surge como um gesto de desvio. Um ato ético de escuta e presença, onde se sustenta o silêncio diante do ruído das aparências. Ao invés da imagem, o inconsciente. Ao invés da pressa, a travessia.

Debord denuncia uma alienação que se tornou afetiva: o sujeito se vê e se mede pela tela. Lacan, por sua vez, nos lembra que o olhar do Outro estrutura nosso desejo — mas não precisa aprisioná-lo.

Atendo escutando esse mal-estar do espetáculo: cansaço, vazio, a estranha sensação de estar sempre “conectado” e ainda assim ausente de si. O consultório, então, é espaço de descompressão da alma. De retorno ao que é vivido e não apenas exibido.

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🕊️ Esperança: um Ato de DesejoNa clínica psicanalítica, não tratamos a esperança como uma ilusão ingênua, mas como um ge...
21/07/2025

🕊️ Esperança: um Ato de Desejo

Na clínica psicanalítica, não tratamos a esperança como uma ilusão ingênua, mas como um gesto silencioso de resistência do sujeito ao sofrimento. Esperar, na dimensão do inconsciente, é manter viva a possibilidade de transformação, mesmo diante da repetição.

A esperança não é a negação do mal-estar — é seu contorno ético. Surge quando o sujeito, mesmo atravessado pela dor, permite-se desejar algo que ainda não sabe nomear. Ela aparece entre sessões, entre palavras, como lampejo no silêncio ou em um ato aparentemente banal que escapa à lógica da repetição.

Lacan nos lembra que o desejo não é o que queremos, mas o que nos falta. A esperança, nesse sentido, é o que sustenta o desejo diante da castração, é o que permite que o sujeito continue falando — e sonhando — mesmo quando não há garantias.

Esperança não é promessa de cura, mas condição para que o sujeito caminhe em direção à sua própria verdade.

> Sustentar a esperança, em análise, é sustentar o sujeito em seu laço com a vida.
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🌱 Adolescente: entre rupturas e recomeçosA adolescência é um território de travessia.Nem mais criança, ainda não adulto ...
19/07/2025

🌱 Adolescente: entre rupturas e recomeços

A adolescência é um território de travessia.
Nem mais criança, ainda não adulto — o adolescente vive o entre.
É corpo que muda sem pedir licença.
É emoção que transborda sem explicação.
É identidade em construção, em dúvida, em conflito.

Nesse tempo, rupturas são inevitáveis:
com os pais, com os modelos, com o próprio espelho.
Mas também é o tempo dos recomeços,
da primeira escolha com peso de decisão,
do primeiro amor que marca o peito,
do primeiro "não" dito com voz trêmula — mas própria.

É comum se sentir só, incompreendido, deslocado.
Mas é ali, no meio desse caos, que pulsa uma potência única:
o desejo de se tornar quem se é.

Como adultos, terapeutas, educadores ou familiares,
é preciso mais escuta do que conselhos,
mais presença do que julgamento,
mais acolhimento do que controle.

Porque o adolescente não quer respostas prontas.
Ele quer — mesmo sem saber — encontrar o seu próprio caminho.
E para isso, ele precisa de um olhar que diga:
“Você pode. E eu estou aqui.”

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🜂 Ver com o Inconsciente: o Olhar Clínico como Ato Ético> “Um psicanalista deve também saber olhar, e não apenas escutar...
19/07/2025

🜂 Ver com o Inconsciente: o Olhar Clínico como Ato Ético

> “Um psicanalista deve também saber olhar, e não apenas escutar. Pois é ali nesse centro, nessa cena íntima, que o analista pode incluir-se. Com efeito, é desenvolvendo uma visão mental concentrada nesse ponto que o clínico tem a oportunidade de apreender uma das causas profundas do sofrimento daquele que o consulta. Portanto, podemos dizer que o analista forja em seu espírito a fantasia de seu paciente. Identifica-se então com um dos personagens da cena, até sentir o que ele sente.”
— Juan-David Nasio

A escuta é o eixo da prática psicanalítica, mas Nasio nos lembra que há algo mais sutil e potente operando na clínica: a capacidade de ver com o inconsciente. Esse “saber olhar” não se reduz à observação empírica, mas se refere à criação de uma imagem interna, a uma visão psíquica da cena que o paciente — muitas vezes sem saber — apresenta em sua fala, seus silêncios, suas repetições.

Esse olhar é o que permite ao analista habitar a fantasia do paciente. Não como ator que improvisa respostas, mas como presença silenciosa que sustenta o enigma. O analista se inclui na cena, identifica-se momentaneamente com um dos personagens — não para agir, mas para sentir o que ele sente, e assim captar, a partir da transferência, a lógica profunda do sofrimento que ali se encena.

Freud nos ensinou que o sintoma está a serviço da repetição e da fantasia. Lacan nos mostrou que a fantasia é a moldura do desejo. Nasio amplia essa leitura, ao propor que o analista forja em seu espírito a fantasia do paciente, como um artesão que molda imagens em silêncio para melhor escutá-las.

Esse gesto exige ética: ver sem invadir, sentir sem reagir, identificar-se sem se perder. O olhar clínico é um ato de presença — um tipo de escuta visual, imaginativa, empática — que não busca capturar a verdade do outro, mas oferecer condições para que ela se revele em ato.

> Assim, o analista não apenas escuta palavras — ele olha onde a dor se encena, e sustenta essa imagem até que possa ser simbolizada.

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🖋️ Acolhimento: o início de toda escutaFabian André Dos ReisPsicólogo Clínico – CRP 07/20557📞 (54) 98129-1210📍 Atendimen...
18/07/2025

🖋️ Acolhimento: o início de toda escuta

Fabian André Dos Reis
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O acolhimento não é um gesto simpático ou um protocolo inicial. Na clínica, ele é o solo ético sobre o qual tudo pode ser dito — e escutado. Acolher é sustentar o espaço onde o sofrimento do sujeito pode existir sem julgamento, sem pressa, sem solução pronta.

🕊️ Acolher é não saber de antemão

Na perspectiva psicanalítica, acolher é escutar sem enquadrar. É não reduzir o sujeito ao diagnóstico, ao trauma, à queixa. É reconhecer que há um saber que escapa — e que justamente por isso merece atenção.

> O acolhimento é o gesto que autoriza o sujeito a existir com sua dor.

💬 Palavra que brota no tempo do outro

Muitas vezes, o que chega na clínica é o silêncio, o choro, a repetição. O acolhimento não força a fala. Ele sustenta o tempo necessário para que a palavra nasça. Para que o sintoma se diga.

🛑 Sem conselhos, sem atalhos

Acolher é resistir à tentação de responder rápido, consolar, ensinar. É reconhecer que cada sujeito é único — e que só ele pode construir sentido para sua história. O acolhimento é o contrário da pressa.

🌱 Acolher é reconhecer a dignidade do sofrimento

A dor psíquica nem sempre tem forma ou explicação. Mas ela pede escuta. Ao acolher o sofrimento, dizemos: “você não está só”; “a sua dor tem lugar”; “vamos juntos sustentar o que não se entende”.

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Acolhimento não é solução.
É presença.
É o começo de uma travessia.
É onde a escuta se faz corpo.

🖋️ Raiva: o afeto que fere, protege e falaFabian André Dos ReisPsicólogo Clínico – CRP 07/20557📞 (54) 98129-1210📍 Atendi...
18/07/2025

🖋️ Raiva: o afeto que fere, protege e fala

Fabian André Dos Reis
Psicólogo Clínico – CRP 07/20557
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A raiva não é apenas um estouro. É uma linguagem — muitas vezes desesperada — de algo que não foi escutado. Ela emerge onde houve excesso ou falta, como uma resposta pulsional diante da ameaça ao eu, à dignidade, ao desejo. Freud a compreendia como parte da constelação das pulsões agressivas, e Lacan nos ensinou que o afeto não engana: ele denuncia.

🔥 A raiva pode ser sintoma

Quando constante, cega ou fora de lugar, a raiva fala de algo que não foi simbolizado. Pode se tornar um modo de existir no mundo — ou uma máscara de outra dor: abandono, humilhação, impotência.

> “O afeto é o modo como o corpo sente o discurso.”
Na psicanálise, não tratamos a raiva como algo a ser suprimido, mas escutado.

🪞 Raiva na transferência

Na clínica, a raiva pode aparecer dirigida ao analista, à análise ou ao próprio processo. Quando isso acontece, não se trata de erro — é oportunidade. O manejo ético permite que esse afeto seja deslocado, nomeado, elaborado.

> Entre o grito e o silêncio, a palavra pode nascer.

🎭 Raiva como defesa

Em muitos casos, a raiva defende o sujeito de uma angústia mais insuportável. Ela protege, mesmo que de forma destrutiva. Permitir-se falar da raiva — e a partir dela — pode ser o primeiro passo para não ser tomado por ela.

✨ Clínica da escuta: não calar, mas decifrar

Escutar a raiva é escutar o sujeito. É dar espaço para que esse afeto se transforme — não em passividade, mas em elaboração. A raiva atravessada pode virar potência criadora, decisão, corte simbólico.

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A raiva é também um pedido de reconhecimento.
Na clínica, ela encontra tempo, lugar e linguagem.
Não para ser sufocada, mas para ser ouvida.

🖋️ Seminário 23: O Sinthoma – Jacques Lacan (1975–1976)Por Fabian André Dos ReisPsicólogo Clínico – CRP 07/20557📞 (54) 9...
18/07/2025

🖋️ Seminário 23: O Sinthoma – Jacques Lacan (1975–1976)
Por Fabian André Dos Reis
Psicólogo Clínico – CRP 07/20557
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📍 Atendimento online e presencial

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No Seminário 23, Lacan retoma sua leitura de Freud e radicaliza sua concepção do sintoma, propondo o "sinthoma" — com “h” — como algo que escapa ao sentido, mas que sustenta a existência do sujeito. Ele já não trata o sintoma apenas como algo a ser decifrado, mas como um modo singular de gozo, um arranjo próprio que amarra o real, o simbólico e o imaginário.

🔗 Sinthoma como amarra

O sinthoma é aquilo que faz laço onde os registros não se sustentam sozinhos. Com base na leitura da vida e da obra de James Joyce, Lacan mostra que o sinthoma pode operar como uma solução singular frente ao furo do Nome-do-Pai — uma invenção que permite existir sem recorrer a uma organização edipiana tradicional.

> “Joyce se fez sinthoma.”

🎭 Mais do que um sintoma clínico, o sinthoma é uma escrita de si

Não se trata mais de interpretar o sintoma para dissolvê-lo, mas de reconhecer a função estruturante do sinthoma para certos sujeitos. O analista, nessa clínica do sinthoma, não cura, mas sustenta um espaço para que o sujeito possa reinventar seu modo de g***r.

🧩 O que não se cura, se escreve

A escrita, a arte, a repetição ritualizada — tudo isso pode ser sinthoma. Pode ser o modo pelo qual o sujeito se autoriza a existir, mesmo que à margem do sentido. É o que Lacan chama de saber-fazer com o sintoma: não se livrar dele, mas produzir com ele uma amarra vivível.

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✨ Clínica do sinthoma: entre o incurável e o habitável

O Seminário 23 propõe uma virada ética: o objetivo não é suprimir o sintoma, mas assumir sua função de suplência frente ao impossível. É uma clínica que reconhece o limite da interpretação e aposta na invenção do sujeito.

> O sinthoma é o nome próprio do gozo.

🖋️ Procrastinação: Quando o Desejo Se EscondeFabian André Dos ReisPsicólogo Clínico – CRP 07/20557📞 (54) 98129-1210📍 Ate...
17/07/2025

🖋️ Procrastinação: Quando o Desejo Se Esconde

Fabian André Dos Reis
Psicólogo Clínico – CRP 07/20557
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Adiar, evitar, postergar. A procrastinação, muitas vezes confundida com preguiça, é um sintoma mais profundo. Na escuta psicanalítica, ela pode revelar a presença de um conflito inconsciente entre o prazer e o dever, entre o desejo e o supereu.

⏳ Procrastinar é desejar sem agir
O sujeito que procrastina não está inativo — está em suspensão. Entre o impulso de realizar e a barreira interna que impede, instala-se uma espécie de paralisia psíquica. Freud, ao discutir o recalque e o sintoma, nos mostra que essa paralisia pode ser uma forma de defesa.

> O que se evita fazer pode representar, simbolicamente, um excesso de gozo ou uma exigência do Outro que o sujeito recusa.

🔁 Repetição e culpa
A procrastinação pode estar ligada à compulsão à repetição: o sujeito adia, sente culpa, promete mudar — e repete. O ato adiado se torna um espelho de sua própria impotência subjetiva. Mas essa impotência é estruturada: ela protege o sujeito do confronto com a castração, com a perda, com a escolha.

🧠 Clínica da espera
A escuta clínica da procrastinação exige cuidado. Nem toda ação adiada é resistência ao progresso; às vezes é o inconsciente que fala: “não agora”, “não assim”, “não para isso”. A tarefa do analista não é empurrar o sujeito à produtividade, mas ajudá-lo a decifrar o que se repete nesse impasse.

✨ Entre o desejo e a ação
Atravessar a procrastinação não é vencer uma batalha de força de vontade. É elaborar o que está em jogo no desejo, nas interdições internas, nos ideais que o sujeito incorporou. Muitas vezes, ao invés de um “simples adiamento”, trata-se de uma recusa subjetiva que precisa ser simbolizada.

🖋️ Além do Princípio do Prazer – Sigmund Freud (1920)Fabian André Dos ReisPsicólogo Clínico – CRP 07/20557📞 (54) 98129-1...
17/07/2025

🖋️ Além do Princípio do Prazer – Sigmund Freud (1920)

Fabian André Dos Reis
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O que há além do prazer?
Freud rompe com a ideia de que o psiquismo busca apenas evitar o desprazer. Ao observar a compulsão à repetição — sonhos traumáticos, retornos insistentes do sofrimento — ele propõe algo mais radical: uma pulsão que não visa prazer, mas retorno ao inorgânico.

> “A compulsão à repetição parece mais primitiva, mais elementar e mais instintiva que o princípio do prazer.”

🌀 A repetição que não cura

Alguns sujeitos não buscam bem-estar, mas repetem o que os fere. Essa repetição não obedece ao princípio do prazer — ela o ultrapassa, encena o impensável, o trauma que retorna como enigma.

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💀 A pulsão de morte: para além da vida

Freud propõe a existência de uma pulsão de morte (Todestrieb): silenciosa, sem representação, voltada à inércia. Ela age na auto-sabotagem, na compulsão, nos fracassos reiterados, no gozo que adoece.

> O sujeito não quer saber — quer repetir. E repetir até o fim.

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⚖️ Eros e Thanatos: o conflito estrutural

A vida psíquica é atravessada pela tensão entre Eros (pulsão de vida) e Thanatos (pulsão de morte). A cura, na psicanálise, não é expulsar a morte, mas dar forma a esse conflito, elaborar o que retorna como silêncio.

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✨ Clínica do que resiste ao sentido

“Alem do princípio do prazer” abre caminho para uma clínica não adaptativa, não normatizante. Uma escuta que acolhe o que se repete sem razão, sem função, sem narrativa — mas com verdade.

> Freud nos convida a escutar o que não se organiza como prazer, mas insiste como destino.

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