04/12/2025
Hoje não é data para “parabenizar” ninguém. É um dia para reconhecer, com seriedade, que ainda estamos muito longe de garantir igualdade real para as pessoas com deficiência.
É um dia para lembrar que acessibilidade não é favor. Inclusão não é discurso bonito. Direitos não são opcionais.
Enquanto rampas continuam inexistentes, serviços públicos seguem sem adaptação, escolas não recebem apoio adequado e empresas ainda tratam contratação de PCD como obrigação e não como oportunidade, precisamos olhar essa data como um chamado à responsabilidade.
O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência existe para nos fazer uma pergunta simples e incômoda:
Estamos construindo uma sociedade em que todos possam viver com autonomia, dignidade e oportunidade real?
Se a resposta ainda não é “sim”, então 3 de dezembro não é comemoração é compromisso.
Que este dia sirva como ponto de consciência, para que políticas públicas avancem, que as empresas enfrentem seus próprios preconceitos estruturais, e que cada cidadão entenda que inclusão começa no cotidiano: no atendimento, no respeito, na escuta, na adaptação e na atitude.
Inclusão não é slogan. É prática. É escolha. É dever.
Porque, sejamos honestos: o que falta não é lei, não é manual, não é “sensibilização”. O que falta é vergonha. Vergonha de gestores que ignoram o básico, de empresas e orgão publicos, que fazem inclusão de fachada e de uma sociedade que só lembra das pessoas com deficiência quando chega o dia 3 de dezembro. Descaso não é acidente é escolha. E enquanto essa escolha prevalecer, falar em inclusão será apenas hipocrisia com embalagem institucional.