13/02/2025
A mamografia teve seu início após a descoberta dos raios-x por Roentgen em 1895. Em 1913, o . A. Salomon usou raios-x para estudar a anatomia das mamas, a partir de amostras de mastectomias, marcando o início da evolução da mamografia. Mas foi apenas na década de 1950 Raul Leborgne, introduziu técnicas como a compressão mamária para obter imagens mais nítidas. Nos anos 1960, Robert Egan desenvolveu um método mais eficiente para imagens mamográficas. Na década seguinte, surgiram os primeiros programas de rastreamento populacional, impulsionados por estudos que demonstravam que a mamografia reduzia a mortalidade ao identificar tumores em estágios iniciais. Até os anos 1990, a mamografia utilizava filmes radiográficos, mas, com o avanço da tecnologia, surgiram aparelhos digitais que proporcionavam imagens mais nítidas. Em 2000, foi aprovada a primeira máquina digital, revolucionando o rastreamento do câncer de mama, especialmente em mulheres com mamas densas. Mais recentemente, a tomossíntese mamária, ou mamografia 3D, trouxe imagens tridimensionais que reduzem a sobreposição de tecidos, aprimorando o diagnóstico. Além disso, o uso de inteligência artificial vem sendo integrado para auxiliar radiologistas, tornando os diagnósticos mais rápidos e precisos. Em 2020, participei de uma pesquisa sobre o uso da inteligência artificial no diagnóstico do câncer de mama, baseada em uma tese de doutorado (Zeiser FA et al., J Digit Imaging. 2020), e desde então acompanho a evolução dessas ferramentas, na prática da Mastologia. Atualmente, a mamografia é o principal exame de rastreamento do câncer de mama, recomendado por organizações de saúde para mulheres a partir dos 40 anos, com realização anual. Há evidências científicas que sustentam essa estratégia como prevenção secundária. No entanto, a prevenção primária também é essencial, envolvendo hábitos saudáveis como alimentação equilibrada, evitar álcool, prática regular de exercícios e sono adequado.
.C.Marques .roehe