Psicóloga Bianca Drezza

24/12/2023

28/05/2023

Li atualmente um livro de uma terapeuta quântica que reforçou em mim a importância da gratidão.

Não vou expor o nome da autora e livro porque questiono a fundamentação, mas fui a um Congresso e também estudando análise do comportamento tentei raciocinar o porquê da gratidão funcionar.

Vejo muitos pais, professores e terapeutas que atuam na área de mudança comportamental e nossa luta diária. E a gratidão pode ajudar em técnicas como modelagem, reforço de pequenos passos necessários para se chegar ao resultado. Vou explicar:

Aprendemos socialmente a elogiar, reforçar, somente, objetivos, sem raciocinar ou utilizar nosso conhecimento sobre quais pequenos comportamentos seriam necessários para alcança-los. Por exemplo, estudar deveria ser reforçado antes de se alcançar boas notas, o comportamento de estudar pode ser dividido em comportamentos menores como sentar por um tempo maior na cadeira, direcionar o olhar ao livro, ou ao professor, seguir instruções, falar sobre o que viu ou leu no livro dependendo da idade, falar sobre o que entendeu ao observar explicações do professor etc, pequenas mudanças rumo ao objetivo final fazem diferença, mas muitas vezes passam despercebidas, ou até são punidas.

Trabalhar a gratidão poderia ser, em uma linguagem diferente da AC, trabalhar a capacidade de Reforçar pequenos comportamentos que nos levarão ao resultado almejado. Passar em um concurso, passar no vestibular, ter bastante dinheiro e investimentos, passam por mudanças comportamentais que se reforçadas nos farão chegar ao grande objetivo....

Que aprendamos a expressar gratidão a pequenas mudanças de comportamento partindo de uma linha de base, repertório ao qual já possuímos.

Essa foi minha singela conclusão e aprendizagem baseada na terapia quântica. 😁

19/05/2023

Bom ouvir um mestre ao qual admiro e conheço através de seus livros e artigos. 😊

19/05/2023

Gratidão aos profissionais com os quais aprendo através da experiência e conhecimento compartilhados❣🙏

28/03/2023

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um transtorno do neurodesenvolvimento que segundo Barkley (1997), apresenta sintomas diretamente ligados a prejuízos na capacidade de inibição de respostas, componente importante das funções executivas. Diamond (2013) define inibição como a capacidade de controlar a atenção, cognição, emoção e comportamento, de modo a inibir tendencias previas e predisposições. Como o esporte poderia beneficiar crianças e adolescentes com diagnóstico de TDAH?

Em um em estudo de revisão realizado em 2019 por Paino etal, os autores reuniram 15 estudos que avaliavam os efeitos de diferentes práticas esportivas sob os sintomas de TDAH. Todas as pesquisas incluídas na revisão demonstraram efeitos benéficos do esporte em diferentes sintomas do transtorno, independentemente do tipo de programa de atividade física.

A revisão supracitada demonstra que o esporte pode ser um aliado de peso no tratamento da criança com TDAH, mesmo atividades como corrida na esteira ou o pedalar em uma bicicleta ergométrica demonstraram melhoras sobre a atenção.

Os esportes coletivos, além da melhora no componente atencional, permitem aos envolvidos trabalhar outras habilidades por exigirem conhecimento prévio de regras e competência de colocá-las em prática. Durante atividades como, futebol, tênis, vôlei, basquete e outros, a criança terá oportunidade de trabalhar de forma lúdica sua habilidade de inibir respostas que se encontram em andamento, mudar de comportamento rapidamente frente a jogadas diferentes, trabalhar a frustração ao perder ou sofrer uma falta e ao cometê-la entender a importância de parar determinados comportamentos e controlar sentimentos que poderiam trazer prejuízos tanto ao time quanto ao resultado do jogo.

A prática de atividade física é uma forma divertida de trabalhar autocontrole, concentração, atenção, regulação das emoções e comportamento persistente, além de trazer benefícios a saúde em geral.
O incentivo à prática de esportes por pais, professores e profissionais deve fazer parte do programa de tratamento de crianças e adolescentes diagnosticados com TDAH.

Referências
Barkley, R. A. (1997). ADHD and the nature of self-control. New York, NY: The Guilford Press.
Diamond, A. Executive Functions. Department of Psychiatry, University of British Columbia and BC Children’s Hospital, Vancouver, 2013.
PAIANO, Ronê et al . Exercício físico na escola e crianças com TDAH: um estudo de revisão. Rev. psicopedag., São Paulo, v. 36, n. 111, p. 352-367, dez. 2019. Disponível em . acessos em 28 mar. 2023.

28/03/2023

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um transtorno do neurodesenvolvimento que segundo Barkley (1997), apresenta sintomas diretamente ligados a prejuízos na capacidade de inibição de respostas, componente importante das funções executivas. Diamond (2013) define inibição como a capacidade de controlar a atenção, cognição, emoção e comportamento, de modo a inibir tendencias previas e predisposições. Como o esporte poderia beneficiar crianças e adolescentes com diagnóstico de TDAH?

Em um em estudo de revisão realizado em 2019 por Paino etal, os autores reuniram 15 estudos que avaliavam os efeitos de diferentes práticas esportivas sob os sintomas de TDAH. Todas as pesquisas incluídas na revisão demonstraram efeitos benéficos do esporte em diferentes sintomas do transtorno, independentemente do tipo de programa de atividade física.

A revisão supracitada demonstra que o esporte pode ser um aliado de peso no tratamento da criança com TDAH, mesmo atividades como corrida na esteira ou o pedalar em uma bicicleta ergométrica demonstraram melhoras sobre a atenção. 
Os esportes coletivos, além da melhora no componente atencional, permitem aos envolvidos trabalhar outras habilidades por exigirem conhecimento prévio de regras e competência de colocá-las em prática. Durante atividades como, futebol, tênis, vôlei, basquete e outros, a criança terá oportunidade de trabalhar de forma lúdica sua habilidade de inibir respostas que se encontram em andamento, mudar de comportamento rapidamente frente a jogadas diferentes, trabalhar a frustração ao perder ou sofrer uma falta e ao cometê-la entender a importância de parar determinados comportamentos e controlar sentimentos que poderiam trazer prejuízos tanto ao time quanto ao resultado do jogo.

A prática de atividade física é uma forma divertida de trabalhar autocontrole, concentração, atenção, regulação das emoções e comportamento persistente, além de trazer benefícios a saúde em geral.

O incentivo à prática de esportes por pais, professores e profissionais deve fazer parte do programa de tratamento de crianças e adolescentes diagnosticados com TDAH.

28/02/2023

Muitos pacientes acreditam que a finalidade da terapia é fazer com que os sentimentos e emoções desapareçam.

O segredo é justamente o contrário, aceitar os sentimentos, aprender a identifica-los e perceber que a mudança de comportamento acontece mesmo na presença de sensações desagradáveis.

Exemplo: é possível fazer uma palestra mesmo com sensação de frio na barriga e rosto queimando.

O terapeuta ajuda o paciente a enfrentar as situações, com técnicas de relaxamento, dessensibilização por imagens e modificação de pensamentos por exemplo.

Ao enfrentar as sensações desagradáveis em diversas ocasiões, após algum tempo, as sensações diminuem de intensidade e comportar-se de forma diferente pode tornar-se até prazeroso.

clinica

18/01/2023

Imagine uma mãe que deseja ser amiga de seus filhos para conseguir orientá-los, mas que à primeira fala desencontrada de seu menino adolescente briga, repreende e o afasta. Ela “deseja” uma coisa, mas age de forma totalmente incoerente com seu desejo. Ela diz ao filho que pode contar tudo a ela, mas quando ele conta, ela age como a maioria das pessoas que atirariam pedras. Seu filho provavelmente não contará mais nada a ela. E ela sofre, se culpa, briga, a vida em família torna-se penosa e sofrida.

Imaginem um homem que deseja ter uma parceira, alguém com quem sair e conversar, mas que ao sair com ela sempre tem crises de ciúmes e brigas que a envergonham. Provavelmente essa mulher não gostará de sair e se expor com esse homem que só demonstra descontrole. Esse homem sofre, briga e torna a vida do casal um verdadeiro pesadelo.

Esses são exemplos de incoerência que trazem adoecimento mental tanto ao próprio sujeito quanto às pessoas com as quais ele convive.

Coerência entre pensamento, comportamento e sentimento é sinônimo de saúde mental e essa coerência é fruto de autoconhecimento e trabalho árduo e diário. A terapia não é o único espaço para a construção dessa coerência, mas um espaço importante.

Que dica eu poderia dar para a construção dessa coerência para quem não está na terapia?

Examine seus pensamentos e comportamento, nessa díade é possível introduzir a mudança, a partir daí modular o sentimento.

Durante a terapia, nos diálogos com o terapeuta trabalham-se os pensamentos (comportamentos verbais incobertos) e abre-se a possibilidade para a mudança de outros comportamentos no dia a dia, essas mudanças ajudam a regular sentimentos e alcançar a coerência.

Para cada paciente e para cada caso há um tempo, o tempo de cada um, mas ser coerente traz a grande “libertação” retratada no final da obra de Dostoiévski a qual recomendo aos amantes de literatura e psicologia que leiam.

Com carinho Bianca Drezza❤❤

18/01/2023

Li o livro “Crime e Castigo” de Dostoiévski na adolescência, tinha cerca de 17 anos e fiquei impressionada pela obra. Nesse livro o personagem principal, Rodka, premedita um crime contra uma velha agiota, na sua concepção um ser humano desprezível por viver da miséria e exploração de outros seres humanos. Rodka se convence de que o destino que dará ao dinheiro que furtará da idosa será bem utilizado e por tanto o crime justificado, porém ao longo da trama seu pior castigo vem da sua própria consciência, o fato de saber que matou um ser humano. O personagem é penalizado tão duramente por seus pensamentos e sentimentos que confessar o crime e ir para a prisão torna-se o vislumbre da redenção. Ao final Rodka confessa o crime e pega uma pena de anos numa prisão na Sibéria.

Ao ler o desenlace do romance percebi que há dentro de nós algo muito poderoso, algo que pode nos salvar ou castigar. Dostoiévski mostrou que o verdadeiro castigo de Rodka não veio de fora, veio do fato de ele agir contra seus princípios, contra algo que talvez nem ele imaginava que para ele era tão importante, a vida humana. Rodka foi incoerente. Seu comportamento feriu seus princípios, sua ética, algo profundo dentro dele.

Por que começo falando de saúde mental e Dostoiévski?

Há tempos queria publicar algo que vivencio diariamente no consultório e que diálogo com meus pacientes e que eles sempre dizem fazer sentido. A base da saúde mental é a coerência entre pensamento, sentimento e comportamento.

O personagem de Dostoiévski era inteligente, um aluno brilhante, mas não se conhecia profundamente, se ele se conhecesse não teria cometido o que se tornou seu “castigo”.

Muitas vezes agimos de forma incoerente, claro, em proporções menores que o personagem Rodka, mas o “castigo” vem e esse castigo pode vir em diversas proporções, algumas extremamente exageradas.

18/01/2023

Li o livro “Crime e Castigo” de Dostoievsky na adolescência, tinha cerca de 17 anos e fiquei impressionada pela obra. Nesse livro o personagem principal, Rodka, premedita um crime contra uma velha agiota, na sua concepção um ser humano desprezível por viver da miséria e exploração de outros seres humanos. Rodka se convence de que o destino que dará ao dinheiro que furtará da idosa será bem utilizado e por tanto o crime justificado, porém ao longo da trama seu pior castigo vem da sua própria consciência, o fato de saber que matou um ser humano. O personagem é penalizado tão duramente por seus pensamentos e sentimentos que confessar o crime e ir para a prisão torna-se o vislumbre da redenção. Ao final Rodka confessa o crime e pega uma pena de anos numa prisão na Sibéria.

Ao ler o desenlace do romance percebi que há dentro de nós algo muito poderoso, algo que pode nos salvar ou castigar. Dostoievsky mostrou que o verdadeiro castigo de Rodka não veio de fora, veio do fato de ele agir contra seus princípios, contra algo que talvez nem ele imaginava que para ele era tão importante, a vida humana. Rodka foi incoerente. Seu comportamento feriu seus princípios, sua ética, algo profundo dentro dele.

Por que começo falando de saúde mental e Dostoievsky?

Há tempos queria publicar algo que vivencio diariamente no consultório e que diálogo com meus pacientes e que eles sempre dizem fazer sentido. A base da saúde mental é a coerência entre pensamento, sentimento e comportamento.

O personagem de Dotoievsky era inteligente, um aluno brilhante, mas não se conhecia profundamente, se ele se conhecesse não teria cometido o que se tornou seu “castigo”.

Muitas vezes agimos de forma incoerente, claro, em proporções menores que o personagem Rodka, mas o “castigo” vem e esse castigo pode vir em diversas proporções, algumas extremamente exageradas.

Imagine uma mãe que deseja ser amiga de seus filhos para conseguir orientá-los, mas que à primeira fala desencontrada de seu menino adolescente briga, repreende e o afasta. Ela “deseja” uma coisa, mas age de forma totalmente incoerente com seu desejo. Ela diz ao filho que pode contar tudo a ela, mas quando ele conta, ela age como a mai