Amanda Andrade - Psicologa Clínica

31/03/2025

Construir um relacionamento é como erguer uma casa: cada um traz seus próprios tijolos, alguns perfeitos, outros quebrados.

Desde cedo, vamos construindo nosso conceito de amor e relacionamento. Tijolo por tijolo, erguemos paredes com nossas experiências, expectativas e sonhos. Mas quando convidamos alguém para habitar esse espaço conosco, esquecemos que essa pessoa também traz sua própria construçao.

Inconscientemente, esperamos que o outro se adapte perfeitamente às imperfeições da nossa casa. Queremos que aceite nossas falhas estruturais, enquanto ignoramos que ela também carrega suas próprias rachaduras e buracos.

O verdadeiro desafio não está em tentar forçar o outro a viver em nossa construção imperfeita, nem em tentar nos encaixar na casa que ele construiu. O segredo é pegar os melhores tijolos que cada um possui e, juntos, erguer uma nova morada.

Essa nova construção não será perfeita. Terá suas próprias imperfeições e espaços inacabados. Mas será genuinamente de vocês, um lugar onde ambos se sentirão verdadeiramente em casa, porque foi construído com o melhor que cada um tinha a oferecer.

Para um relacionamento prosperar, é preciso abandonar a ideia de que um deve se adaptar à construção do outro. Em vez disso, devemos nos unir para criar algo novo, algo que reflita o melhor de ambos e acolha nossas imperfeições com compreensão e amor.

Não é o amor em si que sustenta a casa, mas a forma como trabalhamos juntos para mantê-la de pé. É o esforço diário, a dedicação mútua e a disposição de continuar construindo, mesmo quando encontramos novos defeitos estruturais.
No fim, o que torna um relacionamento especial não é a ausência de imperfeições, mas a escolha consciente de construir algo juntos, usando até mesmo os tijolos quebrados para criar algo bonito e duradouro. 🏠♥️

Texto: Thiago Sian

28/02/2025

Manter uma vida social ativa pode retardar os sinais de demência em até cinco anos, segundo um estudo do Rush University Medical Center, nos Estados Unidos.

A pesquisa, publicada na revista Alzheimer's & Dementia, acompanhou 1.923 idosos ao longo de seis anos e apontou que interações sociais e atividades em grupo fortalecem as funções neurais, tornando o cérebro mais resistente ao declínio cognitivo.

Os resultados indicaram que idosos mais ativos socialmente tiveram um risco 38% menor de desenvolver demência e 21% menor de comprometimento cognitivo leve. Além dos benefícios para a saúde mental, a pesquisa também aponta um impacto econômico, com uma redução de 40% nos gastos médicos nas três últimas décadas de vida.

29/01/2025

♥️♥️♥️♥️

♥️Ninguém precisa gritar para ser ouvido.
♥️Não tem manipulações ou chantagens emocionais.
♥️Há um equilíbrio entre dar e receber.
♥️São transparentes no que sentem, necessitam e pretendem.
♥️Não precisam saber de tudo para confiar no outro.
♥️Não fogem das conversas difíceis.
♥️A individualidade de cada um fortalece o relacionamento.

Um relacionamento saudável é aquele em que os parceiros demonstram respeito mútuo, compreensão, comunicação aberta e honesta, além de uma capacidade de lidar com desafios e conflitos de forma construtiva.
É um relacionamento em que os parceiros estão dispostos a crescer juntos, apoiando-se mutuamente e valorizando a individualidade de cada um. Em um relacionamento saudável , os parceiros são capazes de enfrentar as dificuldades com maturidade e respeito, buscando sempre o bem-estar do outro e o crescimento conjunto.
É importante lembrar que cada relacionamento é único e o casal é responsável pela sua (re) construção.
Relacionamentos não vem prontos, não existe fórmula ou mágica mas alguns sinais não devem ser ignorados para serem saudáveis também.
O processo de autoconhecimento e a terapia individual e de casal podem ajudar bastante nesse processo de amadurecimento. ♥️

04/10/2024

“Coringa: Delírio a dois” estreiou nesta quinta-feira (3). E os trailers do filme mostram que a Arlequina (Lady Gaga) apresenta os mesmos delírios que o Coringa (Joaquin Phoenix). Mas você sabia que isso realmente pode acontecer fora das telas?

O delírio a dois, também conhecido como "folie à deux" ou "follie à deux", é um fenômeno psicológico em que duas pessoas compartilham uma crença delirante, geralmente em um contexto de relacionamento próximo, como entre membros da família ou parceiros românticos. Este fenômeno é uma forma de delírio induzido, onde uma pessoa (o "indutor") influencia a outra (o "induzido") a adotar suas crenças delirantes.

De acordo com Mario Rodrigues Louza Neto, médico formado pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o delírio é caracterizado como um conjunto de ideias que são incompatíveis com a realidade. Por exemplo: a pessoa acha que a polícia está perseguindo ela porque ela fez alguma coisa, ou acha que os vizinhos instalaram câmeras dentro da casa dela para tomar conta dela, ou que ela tem um chip dentro da cabeça implantado por algum ser extraterreno.

O tratamento do delírio a dois envolve intervenções terapêuticas direcionadas a ambos os indivíduos. As abordagens podem incluir:

- Psicoterapia: TCC pode ser eficaz para ajudar os indivíduos a desafiar e reestruturar suas crenças delirantes. O foco em melhorar a comunicação e a dinâmica do relacionamento é essencial.
- Intervenção Familiar: podem ser úteis para reduzir o isolamento e proporcionar suporte.
- Medicação quando necessário.

O prognóstico pode variar conforme a natureza da crença delirante, a duração do delírio e a presença de comorbidades psiquiátricas. Em muitos casos, uma vez que os indivíduos são separados ou expostos a um ambiente social mais amplo, as crenças delirantes tendem a diminuir ou desaparecer. Contudo, a intervenção precoce e o tratamento adequado são cruciais para melhorar os resultados e prevenir a recaída.

02/10/2024

A Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é frequentemente associado a uma variedade de desafios emocionais e comportamentais que podem persistir na idade adulta. Entre esses desafios, a raiva, rispidez e grosseria são frequentemente relatados por adultos com TDAH. A compreensão dessas manifestações emocionais é essencial para uma abordagem terapêutica eficaz.

Estudos indicam que adultos com TDAH podem experimentar dificuldades em regular suas emoções, o que pode resultar em episódios de raiva intensa ou reações desproporcionais a situações cotidianas. Pesquisas sugerem que essa dificuldade está relacionada a um funcionamento prejudicado das áreas do cérebro responsáveis pelo controle emocional, como o córtex pré-frontal. Essa região é crucial para a tomada de decisões e a modulação das respostas emocionais.

Além disso, a impulsividade, uma característica comum do TDAH, pode contribuir para comportamentos ríspidos ou grosseiros. Adultos com TDAH podem ter dificuldade em pausar e refletir antes de reagir, levando a interações sociais problemáticas e mal-entendidos. Essa impulsividade, em combinação com a frustração causada por dificuldades em manter a atenção ou concluir tarefas, pode exacerbar sentimentos de raiva.

Estudos também apontam que o estigma social relacionado ao TDAH pode levar a sentimentos de inadequação e baixa autoestima, o que, por sua vez, pode aumentar a irritabilidade e a grosseria em certas situações. A percepção de que os outros não entendem ou subestimam suas lutas pode resultar em reações defensivas e hostis.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) tem se mostrado eficaz para ajudar adultos com TDAH a desenvolver habilidades de regulação emocional. Técnicas como a reestruturação cognitiva podem ajudar indivíduos a reavaliar suas respostas emocionais e a aprender a comunicar suas necessidades de maneira mais construtiva.

Em conclusão, a raiva, rispidez e grosseria em adultos com TDAH são fenômenos complexos que resultam de interações entre impulsividade, dificuldades emocionais e fatores sociais. A conscientização e o tratamento adequado são essenciais para melhorar a qualidade de vida desses indivíduos e promover interações sociais mais saudáveis.

27/08/2024

17/06/2024

Você já saiu de um certo de que nunca mais namoraria uma pessoa do “mesmo tipo”, mas acabou caindo no padrão novamente? Ou olhou para trás e percebeu que não tinha nada a ver com o ex? Saiba que você não é o único e a ciência pode explicar por que isso acontece.
Ao comparar as personalidades dos parceiros atuais e anteriores de 332 pessoas, cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, descobriram que muitas vezes procuramos o repetidamente em indivíduos com o mesmo padrão de personalidade.
“É comum que, quando um relacionamento termina, as pessoas atribuam o rompimento à personalidade do ex-parceiro e decidam que precisam alguém com um tipo diferente. Mas a nossa pesquisa sugere que há uma forte tendência de continuar a namorar uma personalidade semelhante”, afirma o psicólogo Yoobin Park, estudante de doutorado na Universidade de Toronto e principal autor do estudo, em comunicado.
O estudo mostrou que, em geral, os parceiros atuais dos voluntários se descreviam de forma muito semelhante aos anteriores. “O grau de consistência de um relacionamento para outro sugere que as pessoas podem de fato ter um
‘tipo’”, considera o coautor do estudo Geoff MacDonald, professor do Departamento de Psicologia da Universidade de Toronto.
A descoberta pode ajudar as pessoas a entenderem seus padrões de relacionamento para que tenham conexões mais saudáveis.

Fonte: Metrópole Saúde.

10/06/2024

ENTÃO ELA NÃO DEVERIA...

Lembrar a você do hr semanalmente das sessões:
Vale lembrar que a terapia é um ambiente de aprendizagem, e como todo comportamento funcional, o paciente precisa encontrar meios de estar preparado para a sessão no dia e hr marcados.

Precisar cobrar o valor das sessões constantemente:
Esquecimentos acontecem. Pode haver exceções, claro! Mas o ideal é que o paciente tenha sempre em mente que isso é da sua responsabilidade e que ele precisa arcar com esse compromisso.

Saber o que você quer abordar na sessão:
Afinal de contas, a pessoa + interessada em trabalhar as suas questões é você. Então é da sua responsabilidade anotar os acontecimentos (bons ou não) da semana e levar para a terapia.

Desmarcar a sessao por você:
Pode acontecer de algum dia você não está afim de participar da terapia (particular por que é função ativa e não passiva tá?) ou quer/ precisa fazer outra coisa. Logo, é seu dever avisar com antecedência.

Adivinhar que você ficou chateado na última sessão:
A terapia serve para modular seus relacionamentos. Dessa forma, você não precisa ter medo de colocar a sua insatisfação, caso ela exista. Se você esconder o que te deixou incomodado, jamais vai conseguir ter assertividade.

Dizer o que você deve ou não fazer:
Isso aqui nem precisa de explicações neh!? O processo terapêutico é ativo e você é principal responsável pela sua vida. Então sua psi não vai te dizer o que fazer. E nem adianta insistir!

Sua Psi está ali para te ajudar, e não viver o processo por você.

Difícil ter que ler isso, né? Mas é a verdade.
O objetivo desse post não é fazer com que você se sinta mal. Pelo contrário. Quero fazer com que você entenda sobre a necessidade de você aprender a se autorresponsabilizar.

A terapia é um excelente canal para que você desenvolva autonomia e tenha em suas mãos o controle da sua vida.
E você consegue isso se autorresponsabilizando.
Por que na verdade, ninguém tem obrigação de construir ou facilitar (sempre os seus caminhos.
Quando você decide assumir por inteiro a própria vida, você consegue ressignificar tudo o que ainda te prende na dependência do outro.

Texto da Vanessa Pérola | Psicóloga.

28/04/2024

Comprometer-se consigo mesmo é uma forma poderosa de alcançar metas e objetivos pessoais. Quando nos comprometemos conosco mesmos, estamos demonstrando autodisciplina, autoconfiança e autoconhecimento. Aqui estão algumas maneiras de se comprometer consigo mesmo:

Defina metas claras: Estabeleça objetivos específicos e mensuráveis para si mesmo. Isso ajuda a ter um foco claro e a acompanhar o progresso.

Crie um plano de ação: Desenvolva um plano detalhado para alcançar suas metas. Divida-as em etapas menores e defina prazos realistas.

Mantenha-se motivado: Encontre maneiras de se manter motivado ao longo do caminho. Isso pode incluir recompensas, lembretes visuais ou compartilhar seu progresso com outras pessoas.

Seja consistente: Comprometa-se a tomar medidas consistentes em direção às suas metas. Mesmo que haja contratempos, continue persistindo e voltando ao seu plano.

Aprenda com os erros: Reconheça que nem sempre as coisas saem como planejado. Use os erros como oportunidades de aprendizado e ajuste seu plano, se necessário.

Cuide de si mesmo: Lembre-se de que comprometer-se consigo mesmo também envolve cuidar de sua saúde física e emocional. Reserve tempo para descansar, se exercitar, alimentar-se bem e praticar autocuidado.

Lembre-se de que o comprometimento consigo mesmo é um processo contínuo. Esteja aberto a ajustes e adaptações ao longo do caminho. Ao se comprometer consigo mesmo, você estará dando um passo importante em direção ao seu crescimento pessoal e realização de seus objetivos.