03/06/2024
A fibromialgia é uma doença crônica que possui como característica a presença constante da dor. Sua causa ainda é desconhecida. A Fibromialgia é uma síndrome reumática que atinge principalmente mulheres, chegando a acometer cerca de 2% da população brasileira.
O diagnóstico da Fibromialgia é essencialmente clínico. O médico durante a consulta obtém algumas informações que são essenciais. Os sintomas mais importantes são dor generalizada, dificuldades para dormir ou acordar cansado e sensação de cansaço ou fadiga durante todo o dia. Alguns outros problemas podem acompanhar a Fibromialgia como depressão, ansiedade, alterações intestinais ou urinárias, dor de cabeça frequente, entre outros. Ao examinar, o médico pode observar uma grande sensibilidade em pontos específicos dos músculos. Estes pontos são conhecidos como pontos dolorosos.
É comum que os pacientes apresentem queixas como fadiga, distúrbios do sono, rigidez matinal, sintomas cognitivos, depressão do humor e pontos específicos de hipersensibilidade (chamados de pontos gatilhos ou tender-points). Os sintomas acabam afetando o desempenho do paciente em seu ambiente de trabalho e atividades da vida diária. Deste modo, o estresse psicológico se torna um estímulo para o desenvolvimento de transtornos mentais.
O motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvem Fibromialgia e outras não ainda é desconhecido, mas a Fibromialgia também pode aparecer depois de eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. O mais comum é que o quadro comece com uma dor localizada crônica, que progride para todo o corpo.
Além do sofrimento físico há também o sofrimento psicológico ocasionado em decorrência de transtornos depressivos e ansiosos. Tanto a dor física quanto a dor psíquica devem ser consideradas. Buscando assim compreender o paciente em sua história de vida, sua dor, aspectos emocionais e cognitivos e o impacto da doença na sua qualidade de vida.
É importante um acompanhamento multidisciplinar, inclusive da psicologia, para fazer com que os pacientes consigam lidar com novos desafios, se adaptando a esta nova rotina de forma saudável, além de eventuais transtornos psiquiátricos considerados comuns a esta doença. Buscando assim promover a saúde mental e maior qualidade de vida. Considera-se fundamental a orientação sobre a doença, higiene do sono, atividades físicas e psicoterapia, que são pilares do tratamento.