
19/07/2025
Vivemos conectados, mas será que isso está nos adoecendo?
Estamos constantemente online. Notificações, mensagens, notícias, cobranças por respostas rápidas… Parece que nunca temos tempo suficiente, não é?
A psicanálise e a psicologia explicam que nosso cérebro não foi feito para lidar com tamanha quantidade de estímulos. Isso cria uma sensação de urgência permanente, que pode levar à ansiedade, fadiga mental e estresse.
Isso me faz lembrar de Ana, que tinha 32 anos, quando eu a atendia, que vivia com um nível de estresse altíssimo.
Sempre conectada, sempre correndo, sempre com a sensação de que nunca era suficiente.
Mensagem não respondida? Culpa.
Projeto atrasado? Ansiedade.
Descanso? Nem pensava.
Ela me disse em uma sessão: "Sinto como se minha cabeça nunca desligasse. Estou exausta."
Foi quando propus algo simples, mas transformador:
✅ Presença no agora: reservar momentos específicos para pensar no futuro ou resolver pendências do passado. Fora disso, viver o presente.
✅ Atenção plena: se entregar totalmente ao que está fazendo, seja uma conversa, uma refeição ou uma leitura. Esquecer o celular.
✅ Foco total em uma coisa: se está lendo, leia; se está assistindo, reflita sobre aquilo. Não faça tudo ao mesmo tempo.
Ana começou devagar e com pelo menos dez minutos por dia de silêncio. Depois, pequenas pausas conscientes. Em poucas semanas, ela me disse:
"Agora consigo respirar. Estou mais calma. Até as coisas parecem mais simples."
O segredo não foi parar de viver. Foi aprender a viver uma coisa de cada vez.
Como bem disse Freud: "O verdadeiro lugar do homem é o presente."