30/06/2025
Medo da morte ou medo da vida?
A história da brasileira Juliana, que perdeu a vida em uma trilha em um vulcão no exterior, nos atravessa. Não apenas pela tragédia em si, mas pelo que ela simboliza: quantos de nós estamos buscando aventuras intensas, viagens radicais, experiências fora do comum… não apenas por prazer, mas como forma de escapar de dores profundas que ainda não tivemos coragem de olhar?
Muitas vezes, confundimos viver intensamente com fugir silenciosamente. Nos jogamos em desafios físicos, em jornadas externas, enquanto internamente seguimos desconhecidos de nós mesmos. A tristeza, as decepções, os vazios que carregamos – tudo isso pode ser abafado por uma rotina de movimento constante, onde parar parece mais assustador do que seguir.
Não há nada de errado em querer explorar o mundo. Aventurar-se pode ser lindo, transformador. Mas a verdadeira aventura começa quando nos permitimos mergulhar dentro de nós. Enfrentar nossos medos, reconhecer nossas fragilidades, acolher nossas feridas. Essa é uma jornada que não precisa de passaporte, mas exige coragem.
O risco não está apenas no cume do vulcão, mas também em viver uma vida inteira desconectada de si mesmo.
Você está com medo da morte? Ou está com medo de realmente viver?