31/01/2024
O passado do seu parceiro ou da sua parceira te incomoda? O CIÚME RETROATIVO é aquele ciúme sentido pelos relacionamentos que aconteceram antes do relacionamento amoroso atual. Trata-se de uma angústia muito grande por imaginar o passado amoroso da pessoa amada. Esse tipo de ciúme leva a padrões de pensamento obsessivos que vão desde imaginar as experiências românticas/sexuais anteriores da pessoa amada, como interrogar regularmente o passado dela. O problema é que quanto mais se sabe, mais paranóias surgem. Essa obsessão pelo passado pode trazer consequência que dificultam o relacionamento atual como o aumento da insegurança e dificuldade em confiar nos sentimentos da pessoa amada. O ciúme retroativo leva a pessoa a stalkear o perfil do ex ou da ex nas redes sociais pra saber quem é, como é, que vida tem, como se veste a fim de se comparar. Essa comparação constante faz sua autoestima minar pouco a pouco até se esgotar. Para enriquecer esse texto, eu gostaria de trazer uma reflexão da Geni Núñez, onde ela diz: “Provavelmente a pessoa que você ama já disse eu te amo para outras pessoa antes de você. Talvez já tenha enviado até a mesma foto, compartilhado a mesma música ou poema que enviara a você, com outrem. Provavelmente já contou a mesma história a outras pessoas, relembrou a piada, o trocadilho, o sorriso. Talvez tenha frequentado os mesmos lugares de lazer, escutado as mesmas músicas e essas repetições não necessariamente te trouxeram desconforto. Não é toda repetição que causa incômodo, com outros ou com a gente mesma: se alguém que amamos nos diz mais de uma vez que nos ama, se demonstra esse carinho mais de uma vez, além de não nos incomodar, pode nos agradar. Se ñ é toda repetição que nos incomoda, quais seriam aquelas que nos dariam a sensação de que, ali, fomos enganadas, trocados? É possível se sentir amado e reconhecido mesmo que cenas se repitam ou se assemelhem? Que parte delas precisamos que seja singular para que sintamos que ali houve algo único? Aliás, é possível algo ser único sem ser individual?” A questão é: Mesmo que as repetições aconteçam, o arranjo nunca é o mesmo. Estamos sempre diante do novo.
(A/D)