25/10/2025
Um filme lindo e sistêmico para assistir neste final de semana
James Brown sob o olhar das Constelações Familiares
Por trás do ritmo que incendiava palcos, havia um menino. Um menino que cresceu entre abandonos, pobreza e violência — e que aprendeu cedo que, para sobreviver, precisava gritar mais alto que a dor.
Sob a lente das Constelações, vemos um sistema ferido: um pai agressivo, uma mãe ausente, e um filho que, sem perceber, carrega o fardo de ambos. James Brown, o “padrinho do soul”, dançava não só pelo ritmo, mas também por todos os que vieram antes dele — dançava para libertar o peso dos ancestrais.
Ele buscava amor onde só havia ruído. E o palco virou seu campo de cura, ou, quem sabe, de repetição. O controle, o perfeccionismo, a necessidade de ser visto… tudo isso revelava um menino tentando finalmente ser reconhecido pelo pai e amado pela mãe.
Sistêmicamente, James foi o porta-voz do seu clã. Transformou dor em música, escassez em potência, rejeição em presença. Ele mostrou que quando a alma encontra um canal para expressar o que o sistema não deu conta de dizer, nasce arte.
No fundo, cada nota que ele cantava era um grito ancestral dizendo:
“Agora eu vejo. Agora eu honro. Agora eu transformo.”
# honrar