27/01/2021
Estrabismo - Muito mais que um simples incômodo estético
O que pouca gente sabe é que, se não for tratado a tempo pode levar crianças à cegueira.
O estrabismo é uma patologia oftalmológica resultante do defeito nos músculos responsáveis pela movimentação dos olhos, provocando o desalinhamento do olhar. O que pouca gente sabe é que, se não for tratado a tempo pode levar crianças à cegueira.
O alerta é do Dr. José Geraldo, chefe do Departamento de Estrabismo, Pterígio e Lentes de Contato do Hospital de Olhos (INOB). Segundo ele, "o estrábico recebe duas imagens do mesmo objeto. O cérebro reconhece a imagem do melhor olho e ignora a do outro, agravando a dificuldade de visão, gerando uma ambliopia, popularmente chamado de olho fraco". E é este quadro que pode levar à cegueira.
Segundo o especialista, alguns pacientes estrábicos podem apresentar sonolência, dores de cabeça e dor nos olhos durante as tarefas visuais. Entretanto, a maioria não sente nada que denuncie a doença.
Existem vários tipos de estrabismo, como a exoforia (desvio dos olhos para dentro), a exotropias (desvio dos olhos para fora) e os desvios verticais (um olho f**a mais alto ou mais baixo do que o outro). Por isso, o Dr. José Geraldo ressalta a importância dos pais observarem nos filhos comportamentos que indiquem uma possibilidade dele ter estrabismo: se os olhos não se movem juntos, se o ponto de luz refletido nos olhos não é simétrico, se tem tendência a inclinar a cabeça, se não é capaz de calcular a profundidade ou dos objetos colocados a determinada distância, por exemplo.
Apesar de não ter uma causa conhecida, sabe-se que o estrabismo pode aparecer por herança genética e está relacionado com distúrbios neurológicos causados por doenças ou acidentes. Há diferentes tratamentos para os diversos tipos de estrabismo. Alguns são corrigidos com o uso de óculos, outros com medicamentos, outros com tampão ou até mesmo cirurgia, dependendo do caso. Para o médico do INOB, a "ideia é utilizar recursos que obriguem o olho afetado a trabalhar e assim restaurar a boa visão. É importante acompanhar a saúde dos olhos para evitar complicações mais graves. Quanto mais cedo começarmos o tratamento, maior é a taxa de sucesso", garante ele.
Fonte:Saúde Visual , opticanet