20/05/2025
🪑 Um lugar vazio - um vazio no lugar
Na vida adulta, vivemos correndo.
Correndo para dar conta do trabalho, das contas, das expectativas, dos outros, de nós mesmos…
E nessa correria, quando nos deparamos com um lugar vazio — uma pausa, um silêncio, uma ausência — sentimos angústia e muitas vezes ansiedade perturbadora.
Esse vazio pode vir de uma perda.
De alguém que partiu, de algo que não foi como esperávamos, ou de uma parte nossa que ficou pelo caminho.
Uma amizade, um trabalho, um amor, o dia de ontem… e tudo que você pode imaginar que não está como você gostaria que tivesse.
É natural querer preencher esse espaço: com compromissos, distrações, ou até com uma tentativa de “seguir em frente” sem olhar para trás.
Mas e se esse vazio não for um problema a ser resolvido?
Na Gestalt-terapia, aprendemos que o vazio não precisa ser evitado.
Ele pode ser um espaço de presença, de escuta, de luto vivido com respeito e inteireza.
Um lugar onde o novo ainda não chegou, e o antigo ainda ecoa.
Nem todo vazio precisa ser preenchido.
Alguns só precisam ser vividos e compreendidos.
Talvez você esteja aí, nesse intervalo.
Entre um ciclo que se fechou e outro que ainda não começou.
E tudo bem.
Esse também é um lugar.