09/09/2025
A teoria é parte fundante da ciência. É ela quem determina perguntas importantes na condução de pesquisas como:
Qual é meu objeto de estudo? Qual o melhor método para estudá-lo? Qual é a meta deste modelo científico? Como eu defino o que é verdade ou não?
Quando estamos falando da atuação do psicólogo, nem todas as teorias se propõem a ser científicas ou tem metas como “aliviar o sofrimento humano”, “auxiliar pessoas a construir uma vida significativa”. Muitas podem buscar apenas a compreensão da experiência do sujeito. Outras tantas buscam metas específicas construídas dentro do contexto da própria escola de pensamento.
No entanto, quando estamos trabalhando com abordagens científicas da psicologia, estamos respondendo às demandas das pessoas e da sociedade como um todo. Alguns exemplos são: melhorar meus sintomas de depressão, ser um pai mais presente, ser uma profissional mais corajosa. As análises teóricas saem da mera curiosidade intelectual para produzir mudanças na vida das pessoas.
Muitas abordagens psicológicas, como o contextualismo funcional e o behaviorismo radical (Skinner não é totalmente consistente, mas é possível ainda assim afirmar) são pragmatistas.
Neste sentido, a teoria é um meio e não um fim em si mesma.
A teoria tem uma função, não é contemplativa. Ela nos ajudar a prever e influenciar o comportamento, aproximando as pessoas de seus valores de vida.
Uma das principais críticas dos contextualistas funcionais é que a análise do comportamento têm posturas frequentemente dogmáticas e empiristas. A ideia de abordagens mais atuais das TCCs é romper esta barreira. No entanto, vejo frequentemente o argumento de que a teoria está sendo deixada de lado.
Será que após décadas de discursos conceitualmente rebuscado é esteticamente agradáveis, mas que não resolvem problemas humanos, a psicologia não está simplesmente buscando formas de ser mais útil?
Será que a teoria está sendo negligenciada, ou versões modernas de psicoterapia tem buscado versões mais pragmáticas desta ciência?