16/09/2025
Domingo de sol, tênis no pé e playlist das antigas.
Corri 10 quilômetros. Não para bater recorde, nem para emagrecer, nem para postar no Instagram (ok, talvez um pouquinho). Corri para lembrar que eu existo. Que eu respiro. Que eu também mereço cuidado.
Voltei pra casa, tomei banho com calma, fiz café passado na hora e pensei em você. Sim, em você, mulher que carrega o mundo nas costas e nem se lembra qual foi a última vez que colocou os próprios pés no chão só para caminhar sem destino.
Eu tenho visto, com frequência, mulheres incríveis que esqueceram de si.
Esqueceram porque o marido precisou.
Esqueceram porque o filho exigiu.
Esqueceram porque a casa não se limpa sozinha.
Esqueceram porque o trabalho cobra, a mãe adoece, a vida atropela.
Mas você não é só o que esperam de você. Você é o que você faz quando ninguém está olhando.
E, me desculpe a franqueza, mas se você não fizer algo por si agora, a conta chega depois. A conta chega com um vazio que nem terapia explica. Um cansaço que não passa com sono. Uma irritação que não tem motivo. Uma solidão que grita mesmo quando a casa está cheia.
A pergunta é simples: o que você faz para desopilar?
Não vale dizer “eu não tenho tempo”. Tempo é uma decisão, não um presente. Você decide cuidar da casa, do marido, dos filhos, do trabalho. Agora, decida cuidar de você.
Talvez seja a corrida, como eu encontrei. Talvez seja dança, pintura, jardinagem, oração, leitura, silêncio. Talvez seja caminhar ouvindo Gal Costa num fone velho, mas só seu.
O que importa não é o que você faz. O que importa é que você faça. Por você. Só por você.
Porque, quando você se reencontra, a vida reencontra graça.
E, se você já se perdeu de si há muito tempo, eu deixo uma sugestão simples: comece hoje. Escolha algo pequeno. Um chá, uma música, um banho sem pressa. E repita amanhã. E depois. E depois.
A sua saúde mental merece. A sua alma pede. A sua história precisa.
Agora me conta: o que é que você vai fazer por você essa semana?👇🏼