09/11/2025
Vamos falar um pouco sobre o Fogo? Quero trazer uma abordagem mais ampla sobre a sua importância, algo que muitas vezes, passa despercebido.
Desde os tempos mais antigos, o fogo foi visto como o mistério primordial, o elo vivo entre o mundo dos homens e o mundo dos deuses.
Ele aquece, protege, purifica, mas também destrói, consome e transforma.
Nas antigas tradições, o fogo era o sinal da presença divina:
Na Grécia, o fogo de Prometeu representava o dom da consciência roubado dos deuses para iluminar a humanidade.
No Egito, o Olho de Rá era o próprio fogo solar, força criadora e destruidora.
No Monte Sinai, o fogo da sarça ardente revelou-se a Moisés como a voz do Eterno.
Entre os persas, os templos do Zoroastrismo guardavam chamas eternas, símbolo da Luz Suprema.
Na Bruxaria, o fogo é um portal entre os mundos.
As fogueiras de Beltane e de Samhain eram acesas para abrir o caminho entre os vivos e os espíritos, entre o que nasce e o que morre.
O caldeirão, sobre o fogo, é onde tudo é dissolvido e recriado, onde a morte se torna vida novamente.
Nos altares mágicos, a chama da vela representa o espírito que desperta.
Cada centelha é uma ponte: o invocador e o invocado se encontram na luz tremulante.
Não é apenas um fogo material, é o fogo sagrado da alma, que purifica intenções, desperta forças e atrai presenças sutis.
O fogo do alquimista, o fogo dos bruxos, o fogo do profeta e o fogo do mago, todos são manifestações da mesma energia universal que une e separa, cria e consome, abre e fecha portais.
Quando você acende uma vela, uma fogueira ou um caldeirão, não está apenas iluminando o ambiente…
Está acendendo um Portal entre os Mundos, o mesmo fogo que ardeu desde a aurora da criação.
O Fogo não é apenas chama é consciência viva.
Ele transforma tudo o que toca… inclusive você.