Psicólogo Rogério Maia

Psicólogo Rogério Maia Psicólogo I Sexólogo

A pornografia, por mais acessível e comum que seja, não é neutra. Ela influencia desejos, expectativas e padrões de inti...
04/07/2025

A pornografia, por mais acessível e comum que seja, não é neutra. Ela influencia desejos, expectativas e padrões de intimidade, muitas vezes de forma sutil e silenciosa. Para algumas pessoas, funciona como estímulo, fantasia ou complemento. Para outras, pode se tornar fonte de conflito, frustração e isolamento.

Quando o consumo se torna compulsivo ou passa a ser a principal fonte de prazer, o corpo e a mente começam a responder de maneira defensiva e distorcida. O desejo real é ofuscado por padrões idealizados, a realidade passa a parecer desinteressante e insuficiente, o toque perde valor e a presença do outro pode se tornar incômoda. A fantasia ganha força, enquanto a intimidade concreta enfraquece.

Nem tudo que excita, conecta. Conexão exige presença, escuta e disponibilidade genuína. Quando o desejo é alimentado quase exclusivamente por imagens, roteiros e fantasias prontas, a intimidade compartilhada tende a se tornar mecânica, distante ou apenas uma obrigação. O outro deixa de ser parceiro de troca e se transforma em parte de um cenário que já não corresponde às expectativas.

Falar sobre pornografia é, antes de tudo, falar sobre desejo, afeto, autonomia, vulnerabilidade e escolha.
Não se trata de demonizar, mas de compreender o espaço que ela ocupa na vida afetiva e sexual. E, principalmente, de reconhecer o que está sendo deixado de lado por causa disso.

Quando o prazer é terceirizado, o corpo adormece. Quando a fantasia ocupa todo o espaço, o vínculo se enfraquece. A pornografia, quando se torna refúgio constante, molda o desejo, empobrece a experiência, rouba presença, afasta e, muitas vezes, nos desconecta de nós mesmos. O desafio não é eliminá-la, mas resgatar o que ela pode estar silenciando: a potência dos encontros reais, imperfeitos e vivos.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

O orgulho LGBTQIAPN+ nasce da história de resistência contra séculos de apagamento, exclusão e violência. Desde que as i...
28/06/2025

O orgulho LGBTQIAPN+ nasce da história de resistência contra séculos de apagamento, exclusão e violência. Desde que as identidades que fogem da norma social foram criminalizadas, perseguidas e silenciadas, o movimento de afirmação das diversidades se***is e de gênero vem resistindo para conquistar reconhecimento, direitos e dignidade.

Em um mundo onde ainda há discursos de ódio, discriminação institucional e violência direcionada, o orgulho é uma resposta necessária. Ele representa a visibilidade que insiste em existir apesar das tentativas de invisibilização, a coragem de afirmar uma identidade que muitas vezes foi negada, e a recusa em aceitar qualquer forma de exclusão.

Mais do que uma celebração, o orgulho é um ato político que desafia sistemas e normas que tentam controlar corpos, afetos e expressões. É a afirmação de que diversidade é riqueza e que direitos humanos não são negociáveis.

No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, o convite é refletir:

🏳️‍🌈 O que faz uma sociedade escolher o controle, a violência e o silenciamento, quando poderia escolher o respeito e a celebração da diversidade?

🏳️‍🌈 Quantas vezes a história precisa ser reescrita até que o amor e a diversidade sejam reconhecidos como legítimos?

🏳️‍⚧️ Até quando será necessário resistir para simplesmente existir com dignidade?

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

A forma como nos sentimos no próprio corpo não nasce do acaso. Desde cedo, olhares, críticas e comparações moldam uma na...
26/06/2025

A forma como nos sentimos no próprio corpo não nasce do acaso. Desde cedo, olhares, críticas e comparações moldam uma narrativa interna sobre quem somos e sobre nosso valor. Família, escola, cultura e mídia reforçam padrões que impactam nossa autoimagem, nosso desejo e até nosso direito de existir com liberdade.

Toda vez que ouvimos que não somos bons o suficiente ou que há um “jeito certo” de ser e de ter um corpo, essas mensagens acabam virando crenças. Essas crenças operam de forma silenciosa, afetando autoestima, relacionamentos e, sobretudo, a expressão da nossa sexualidade.

A vergonha que tantas pessoas sentem do próprio corpo não é natural, é aprendida. E, uma vez internalizada, gera insegurança, medo da rejeição, dificuldade de se entregar, de sentir prazer e de se deixar ser visto e desejado.

Esse ciclo não se desfaz sozinho. Ele se mantém até que surja a consciência de que é possível pausar, refletir e, pouco a pouco, reconstruir a relação consigo. E essa virada começa quando você se permite questionar suas próprias crenças e se perguntar:

• Quem (o que) me fez acreditar que meu corpo não é bom o suficiente?

• Que histórias me contaram que fizeram eu duvidar do meu valor?

• Que nova história eu quero escrever sobre mim?

O corpo perfeito não existe. Existe o corpo possível, real e digno, aquele no qual você pode habitar com leveza, liberdade e prazer.

🔹 Se esse tema te atravessa, saiba: você não nasceu acreditando que havia algo errado em você, alguém te ensinou isso. E aquilo que foi aprendido pode, sim, ser ressignif**ado.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

Quando celebramos as diferenças, nos fortalecemos; evoluímos, aprendemos e nos desenvolvemos tanto como indivíduos quant...
21/06/2025

Quando celebramos as diferenças, nos fortalecemos; evoluímos, aprendemos e nos desenvolvemos tanto como indivíduos quanto como seres humanos. Respeitar e celebrar a diversidade é uma expressão profunda de reconhecimento da beleza de vivermos em um mundo heterogêneo.

A diversidade é uma riqueza inestimável, um mosaico de culturas, crenças, experiências e identidades que, quando valorizadas, ampliam nossa perspectiva e nos conectam de maneiras signif**ativas. Cada diferença, seja ela de origem étnica, orientação sexual, identidade de gênero, religião ou qualquer outra característica, contribui para a complexidade e a profundidade da experiência humana.

Quando falamos de diversidade sexual e afetiva, estamos falando sobre a liberdade de amar, desejar e existir de forma autêntica, rompendo com padrões normativos que muitas vezes limitam e excluem. Junho, Mês do Orgulho LGBT+, nos convida a reconhecer essas histórias, celebrar as conquistas e reforçar o compromisso com o respeito e a inclusão.

Respeitar a diversidade é, antes de tudo, um ato de empatia. É reconhecer que cada pessoa tem um valor intrínseco e merece ser tratada com dignidade e respeito. Celebrar essa diversidade vai além da tolerância; é uma afirmação ativa de que a diferença é algo para ser apreciado e comemorado.

Quando nos abrimos para aprender com aqueles que são diferentes de nós, quebramos barreiras e construímos pontes. Esse processo nos ensina sobre resiliência, coragem e a infinita variedade de maneiras de viver e amar. E, ao fazê-lo, crescemos como seres humanos, mais compreensivos e mais conectados uns aos outros.

Quando respeitamos e celebramos a diversidade, não só honramos o amor em todas as suas formas, mas também reconhecemos a beleza de nossa existência compartilhada em um mundo diverso e vibrante. É um caminho para a paz, harmonia e enriquecimento mútuo, permitindo que todos floresçam em sua autenticidade plena.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

O Dia dos Namorados costuma ser apresentado como uma data de celebração, amor e conexão. Mas, para muita gente, ele tamb...
12/06/2025

O Dia dos Namorados costuma ser apresentado como uma data de celebração, amor e conexão. Mas, para muita gente, ele também escancara ausências, silêncios e feridas.

Pode ser um dia difícil para quem está sozinho não por escolha. Para quem terminou há pouco tempo. Para quem está em um relacionamento e mesmo assim se sente só. Para quem vive uma crise, um afastamento ou tenta sustentar algo que já não encontra sentido. Ou ainda para quem nunca se viu representado na forma idealizada como o amor é vendido.

A pressão por estar bem, por ter alguém, por amar de forma “certa”, pode transformar o que deveria ser uma celebração em um gatilho de comparação, vergonha ou inadequação. Nem sempre o amor acontece como nos ensinaram e isso não signif**a fracasso.

Às vezes, amar também é escolher a si. É sair de relações que machucam. É rever acordos, redescobrir limites, reconstruir o próprio desejo. Amar, muitas vezes, é desaprender o que nos disseram e abrir espaço para o que sentimos de verdade.

Se essa data te pesa, talvez o convite não seja o de comemorar, mas o de se acolher. Escutar seu corpo, seus afetos, suas necessidades. E, se fizer sentido, buscar um espaço de cuidado onde você possa elaborar tudo isso com menos julgamento e mais presença.

Nem todo amor precisa ser celebrado com flores. Às vezes, o gesto mais amoroso é simplesmente se permitir sentir, com verdade e com respeito por quem você é.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

Sentir culpa pelo que se deseja não é natural. É aprendido.⠀Ao longo da vida, somos atravessados por discursos que dizem...
22/05/2025

Sentir culpa pelo que se deseja não é natural.
É aprendido.

Ao longo da vida, somos atravessados por discursos que dizem o que é aceitável sentir, como o corpo deve se comportar, quem pode ou não acessar o prazer. Para muitas pessoas, especialmente mulheres e pessoas LGBTQIAPN+, isso signif**a crescer sob a vigilância constante de normas que reprimem, silenciam e punem.

A cultura patriarcal, os discursos religiosos normativos e os sistemas de controle social construíram a ideia de que certos prazeres são sujos, certos corpos são errados, certos amores devem ser escondidos.

E isso não passa ileso por quem vive. A culpa é internalizada. Mesmo quem rompe com essas normas pode carregar o peso de se sentir inadequado, indevido, pecaminoso.

A intimidade, nesse contexto, deixa de ser encontro e se torna conflito.

Mas essa culpa não se constrói só no coletivo: ela também pode nascer de experiências muito pessoais. Abusos na infância, traumas emocionais, ausência de educação sexual, falta de acesso ao próprio corpo e desejos. Tudo isso pode fazer com que a sexualidade seja vivida com medo, vergonha ou desconexão.

Quando não aprendemos a nomear o que sentimos, a reconhecer o que desejamos, a tocar o próprio corpo com curiosidade e respeito, abrimos espaço para que o julgamento ocupe esse lugar.

Por isso, o autoconhecimento é um gesto de liberdade.
Educação sexual é ferramenta de cura.
Terapia é território de reapropriação.

Desfazer a culpa exige coragem, mas também cuidado. É um processo que começa ao olhar com mais ternura para o que nos ensinaram a esconder e reconhecer que não é errado sentir.

É humano. É possível. E pode ser leve.

Intimidade não precisa doer.
Ela pode ser construída com presença, escuta e liberdade.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

A não-monogamia tem ganhado cada vez mais visibilidade no Brasil, e isso reflete mudanças importantes nas formas de nos ...
16/05/2025

A não-monogamia tem ganhado cada vez mais visibilidade no Brasil, e isso reflete mudanças importantes nas formas de nos relacionarmos. Mas é essencial entender do que estamos falando - e com base em dados confiáveis.

Relacionamentos abertos são uma das formas de não-monogamia, em que os parceiros mantêm um vínculo principal, mas permitem envolvimentos com outras pessoas de maneira consentida e acordada, sem que isso seja considerado traição.

Já a não-monogamia é um termo bem mais amplo, que abrange diferentes arranjos, como swing, poliamor, anarquia relacional e outros modelos que valorizam a liberdade, a ética e a comunicação.

Um estudo recente desenvolvido por pesquisadores da Dive Marketing, encomendado pela Gleeden, empresa responsável pelo aplicativo de paquera de mesmo nome, trouxe dados relevantes sobre a percepção da não-monogamia no Brasil.

A pesquisa revelou que cinco em cada dez entrevistados afirmam ter vivido alguma experiência não monogâmica. Para definir isso, foram consideradas: relações abertas (29%), infidelidade (28%), polifidelidade (26%), ménage (25%), poliamor (20%), poligamia (17%) e swing (14%).

A pesquisa também revelou que 42% dos entrevistados percebem a não-monogamia de forma positiva. Ainda assim, persistem desafios importantes: 54% relatam conflitos com crenças pessoais ou éticas, e 41% apontam dificuldades em estabelecer limites claros e relações pautadas no respeito mútuo.

Esses dados reforçam que, embora a não-monogamia esteja ganhando visibilidade e adesão, ela não se isenta de complexidades, exige trabalho emocional, maturidade relacional e abertura ao diálogo constante.

Não há um único jeito certo de amar. O essencial é que as escolhas afetivas sejam feitas com consciência, liberdade e respeito mútuo. A não-monogamia não é falta de compromisso, mas uma forma diferente de se comprometer: com a escuta, honestidade, responsabilidade afetiva e o cuidado contínuo nos vínculos - valores que a psicologia pode acolher, sustentar e fortalecer ao longo do caminho.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

Quando a dor emocional nos invade como uma tempestade interna, tudo dentro de nós se agita. Ela chega sem avisar, encobr...
17/04/2025

Quando a dor emocional nos invade como uma tempestade interna, tudo dentro de nós se agita. Ela chega sem avisar, encobrindo nossas certezas. Nessas horas, somos chamados a voltar o olhar para dentro e escutar o que realmente estamos sentindo.

A forma como nos relacionamos conosco se torna crucial. Será que nos acolhemos ou nos cobramos? A dor escancara o tipo de vínculo que temos com nós mesmos. E é nesse terreno frágil que nasce a chance de escolher o cuidado.

É nesse momento de vulnerabilidade que o autocuidado se torna um farol. Não para fazer a dor sumir, mas para nos manter inteiros durante a travessia. Autocuidar-se é oferecer colo à própria alma — com presença, gentileza e escuta.

Perguntar “Como me trato quando dói?” é um gesto de autodescoberta. Essa pergunta nos conecta com padrões, vozes internas e escolhas. É uma chance de cultivar compaixão onde antes havia cobrança ou silêncio.

Como um amigo compassivo, podemos nos oferecer palavras gentis. Lembrar que somos humanos e merecemos amor, especialmente nos momentos difíceis. A dor passa. Mas o modo como nos tratamos deixa marcas.

Permitir que a dor flua e se dissipe é um processo de cura. Cada travessia nos fortalece. E assim, aprendemos a enfrentar futuras tempestades com mais leveza, presença e amor por nós mesmos.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126


Assistindo à série Adolescência (Netflix), é impossível não refletir sobre um fenômeno preocupante que tem se tornado ca...
04/04/2025

Assistindo à série Adolescência (Netflix), é impossível não refletir sobre um fenômeno preocupante que tem se tornado cada vez mais crescente: a adesão de jovens a discursos misóginos online. Abordando temas como a cultura incel, a violência baseada em gênero e a perigosa radicalização de jovens, a série expõe realidades cada vez mais alarmantes na era digital.

O termo incel (celibatário involuntário) se refere a um grupo de homens que culpam as mulheres por sua falta de sucesso amoroso e sexual. O que começa como uma frustração legítima – a dificuldade de estabelecer conexões afetivas – pode se transformar em ressentimento e ódio, reforçado por comunidades online que os fazem acreditar que as mulheres são suas inimigas.

Adolescência não entrega respostas prontas, mas levanta questionamentos profundos sobre essa fase da vida. Como psicólogo, vejo com frequência pais que subestimam a influência da internet na formação dos filhos, acreditando que a educação em casa basta para moldar seus valores. Mas ódio, preconceito e violência não surgem apenas dentro de casa. A internet está saturada de discursos perigosos e hostis, e muitos jovens acabam absorvendo essas ideias sem que os adultos ao seu redor percebam.

Muitos adolescentes seguem um caminho semelhante ao de Jamie, protagonista da série: isolamento, bullying e baixa autoestima os levam a buscar pertencimento em grupos que oferecem explicações simplistas para suas frustrações. O problema é que essas ideias não promovem amadurecimento nem habilidades sociais, apenas reforçam um ciclo de raiva e vitimização. Para romper esse ciclo, é fundamental promover uma masculinidade saudável, ensinar meninos a lidarem com frustrações sem ódio e garantir que encontrem apoio em espaços que incentivem o crescimento e o diálogo.

🔹No fim, Adolescência não é apenas uma série – é um alerta. Precisamos agir antes que a frustração vire ódio e o ódio, violência.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126



A infidelidade é um dos desafios mais dolorosos em uma relação, abalando a confiança e os laços emocionais entre as pess...
02/04/2025

A infidelidade é um dos desafios mais dolorosos em uma relação, abalando a confiança e os laços emocionais entre as pessoas envolvidas. Sua descoberta desperta sentimentos intensos, como raiva, tristeza e desamparo, impactando tanto quem foi traído, que pode questionar sua autoimagem e segurança emocional, quanto quem traiu, que pode lidar com culpa e arrependimento. Reconstruir a confiança é um processo desafiador, mas possível quando há comprometimento mútuo. Algumas diretrizes podem auxiliar nesse caminho:

🔹 Assumir a responsabilidade: Quem traiu precisa reconhecer o impacto de suas ações sem minimizar ou justif**ar o erro, assumindo uma postura transparente e comprometida com a reconstrução da confiança.

🔹 Abrir espaço para o diálogo: A pessoa traída precisa de um ambiente seguro e acolhedor para expressar seus sentimentos e dúvidas com liberdade, sendo genuinamente ouvida.

🔹 Estabelecer transparência: Quem traiu deve ser honesto sobre compromissos, intenções e sentimentos, demonstrando consistência para reconstruir a confiança. O objetivo não é controle, mas sim fortalecer a segurança emocional e a sensação de confiabilidade entre os envolvidos.

🔹 Ressignif**ar a dinâmica afetiva: A infidelidade pode ser um ponto de reflexão sobre expectativas, necessidades e formas de conexão, abrindo espaço para ajustes e um vínculo mais autêntico.

🔹 Buscar apoio profissional: A terapia de casais pode ser um recurso essencial para lidar com as feridas da traição, favorecer o diálogo e fortalecer a reconstrução do vínculo.

🔹 Ter paciência e perseverança: Recuperar a confiança é um processo gradual, com altos e baixos, que exige tempo, dedicação e comprometimento.

Para alguns, esse processo leva a um relacionamento mais maduro e profundo; para outros, a separação se mostra a escolha mais saudável. Seja qual for o caminho, enfrentar a infidelidade exige coragem, honestidade e compromisso com a própria verdade e com o outro.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

Às vezes, sentimos saudade de um lugar que talvez nunca tenha existido. Olhamos para trás com nostalgia e desejamos volt...
13/03/2025

Às vezes, sentimos saudade de um lugar que talvez nunca tenha existido. Olhamos para trás com nostalgia e desejamos voltar ao que parecia ser um tempo mais feliz. Mas será que esse passado era realmente como lembramos? Ou será que nossa mente, no desejo de encontrar segurança e conforto, recriou uma história onde tudo fazia sentido?

Quando um relacionamento termina, é comum idealizarmos momentos e querermos retornar à fase em que tudo parecia estar bem. No entanto, ao observarmos com mais atenção, podemos perceber que essa relação que tanto valorizamos pode nunca ter sido o que imaginávamos. Talvez o que víamos como um amor profundo tenha sido, na verdade, unilateral. Talvez a presença do outro nunca tenha sido tão intensa quanto a nossa.

O envolvimento emocional pode nos levar a enxergar o relacionamento através das lentes da nossa própria entrega. Queremos tanto acreditar que fomos amados na mesma medida que ignoramos sinais evidentes de que o outro não estava tão presente. Nossa mente preenche lacunas, suaviza ausências, cria uma narrativa em que tudo parecia recíproco. Mas será que foi?

Esse “lugar” para onde tanto queremos voltar pode ser apenas uma construção da nossa necessidade de pertencimento, uma resposta ao desejo de termos sido correspondidos. Ao insistirmos em reviver algo que já foi unilateral, corremos o risco de cair na mesma armadilha: acreditar que o amor que sentimos pode ser suficiente para sustentar dois.

Mas o amor, quando não é partilhado, se torna apenas um eco no vazio. E, por mais doloroso que seja aceitar isso, é também libertador. Porque quando finalmente compreendemos que aquilo que idealizamos pode nunca ter sido real, abrimos espaço para construir algo que seja. Algo novo, algo verdadeiro. Um amor que não precise ser lembrado com saudade, porque será vivido no presente.

❓Então f**a a pergunta: O que é mais difícil: perder alguém ou perder a imagem idealizada que criamos dessa pessoa?

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

🦋 Nossa existência é marcada por ciclos de transformação que desafiam nossa própria identidade, exigindo não apenas cres...
10/03/2025

🦋 Nossa existência é marcada por ciclos de transformação que desafiam nossa própria identidade, exigindo não apenas crescimento, mas um desmantelamento necessário. Como a lagarta que se dissolve no casulo antes de se tornar borboleta, também atravessamos momentos de incerteza, nos desfazendo de velhas estruturas para, enfim, emergirmos em novas formas.

A lagarta simboliza a fase de preparação e busca por crescimento. É o momento em que nos nutrimos de experiências, assimilamos aprendizados e enfrentamos desafios que nos impulsionam ao desenvolvimento pessoal. Também pode representar períodos de inquietação e incerteza, nos quais não nos reconhecemos completamente, mas seguimos movidos pela necessidade de transformação.

O casulo, por sua vez, é o território da transição. Um espaço de recolhimento e introspecção onde as mudanças mais profundas ocorrem — muitas vezes, longe dos olhos do mundo. É nesse silêncio interno que antigas formas se desfazem, dando lugar ao que ainda não tem contorno definido. Esse estágio exige entrega, pois apenas quem suporta a vulnerabilidade da desconstrução pode, de fato, renascer.

A borboleta, enfim, emerge como expressão da renovação e da liberdade. Mas engana-se quem pensa que esse voo é simples: suas asas, recém-formadas, precisam de tempo para se fortalecer. O que parece leveza é, na verdade, o resultado de uma jornada de resiliência. A borboleta não renega o que foi — pelo contrário, carrega em si as memórias da lagarta e do casulo, pois é da experiência de ambos que nasce sua nova forma de existir.

Cada um de nós transita por esses estágios ao longo da vida, e não há um caminho único ou previsível. A metamorfose nos ensina que mudança não é apenas uma possibilidade, mas uma condição inerente à existência. Resistimos, hesitamos, tememos — mas, no fim, a transformação acontece. E quando nos permitimos atravessar esse processo com consciência, descobrimos que não se trata apenas de quem nos tornamos, mas de como aprendemos a habitar nossas próprias asas.

Rogerio Maia
Psicólogo/Sexólogo
CRP-08/31126

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