Psicóloga Fabiana Witthoeft

Psicóloga Fabiana Witthoeft Psicólogo

✨Crônica de um dia intenso e sem intervalos:Há dias em que o luto se senta diante de nós em tantas formas, tantas histór...
18/09/2025

✨Crônica de um dia intenso e sem intervalos:

Há dias em que o luto se senta diante de nós em tantas formas, tantas histórias, que a sala parece mais pesada do que o corpo pode suportar. A gente acolhe, escuta, caminha junto, mas no fim do dia o coração quase desacredita da vida e do sentido das coisas. E então, em meio à dor, chega um gesto simples: um docinho trazido pela própria paciente. Eu provo. E no instante em que o sabor invade a boca, algo desperta. É como se o mundo sussurrasse: “Ainda existe beleza. Ainda é possível acreditar.” Não se trata apenas do açúcar ou do sabor. Trata-se da lembrança de que, mesmo em meio ao luto, há frestas por onde a vida insiste em entrar. E é nesse instante, breve mas real, que a felicidade se mostra possível novamente. A gente respira de novo. E quando a manhã seguinte chega, renasce também a esperança: de que novos docinhos, em suas mais variadas formas, alcancem nossas mãos. Porque no fundo, o luto não é apenas sobre perder. É também sobre descobrir, pouco a pouco, que ainda há vida pulsando nos pequenos gestos.

Um abraço no ❤️

Billy Crystal, no filme Harry e Sally – Feitos Um Para O Outro, disse certa vez: “Quando compro um livro, leio primeiro ...
15/09/2025

Billy Crystal, no filme Harry e Sally – Feitos Um Para O Outro, disse certa vez: “Quando compro um livro, leio primeiro a última página. Seria triste morrer antes de terminar a leitura.” Essa frase ressoa fundo quando pensamos no luto. Porque o luto não é apenas sobre o que foi vivido, mas também sobre tudo aquilo que ficou por viver. Diante das estantes de livros, das prateleiras de filmes, das músicas ainda não ouvidas e das receitas nunca experimentadas, percebemos que a morte não leva só a presença de alguém, mas ela leva também a continuidade, as possibilidades, os finais que nunca veremos.

Na teoria do luto, falamos muito sobre as perdas secundárias: não apenas a pessoa que partiu, mas as histórias, sonhos e experiências que nunca se realizarão ao lado dela. É o jantar que nunca aconteceu, a viagem que não foi feita, a risada que ficou guardada em potencial. A vida, ao contrário dos filmes e livros, não permite espiar a última página. Vivemos sem saber quantos capítulos ainda teremos. E talvez seja justamente aí que mora a urgência da presença: saborear o prato simples de hoje, assistir ao filme que está ao alcance, deixar-se tocar por uma nova música. O luto nos lembra, com dor, de que não veremos tudo. Mas também nos convida, com delicadeza, a ver mais do que conseguimos enquanto é tempo.

O que você ainda quer experimentar, ouvir, assistir ou sentir antes que chegue a sua “última página”?

Um abraço no ❤️

Ontem, em um atendimento com um casal que perdeu a filha, utilizamos uma técnica da Psicologia Positiva, chamada forças ...
12/09/2025

Ontem, em um atendimento com um casal que perdeu a filha, utilizamos uma técnica da Psicologia Positiva, chamada forças de assinatura.Essa técnica ajuda a pessoa a se reconectar com qualidades e recursos internos que, muitas vezes, ficam esquecidos em meio à dor do luto. O objetivo não é negar a perda, mas oferecer caminhos para a reconstrução da identidade em um momento em que tudo parece desmoronar.

No processo, chegamos a uma conclusão muito poderosa:
👉 não há problema em expressar gratidão, mesmo por coisas que você não quer mais. E não há problema em lamentar a perda de coisas que você mesmo escolheu deixar.

O luto, muitas vezes, é visto apenas como dor ou ausência.Mas ele também pode caminhar junto da gratidão. Podemos agradecer pelo amor vivido, pelas memórias construídas, pelos momentos que jamais serão apagados.
E, ao mesmo tempo, podemos lamentar profundamente aquilo que não volta mais, aquilo que foi interrompido. Não existe contradição nisso. A gratidão honra a vida e o vínculo.O luto reconhece a falta, o vazio, a saudade.Ambos podem coexistir, lado a lado, como parte do processo humano de integrar perdas e seguir em frente.

✨ Permitir-se viver os dois sentimentos sem pressa e sem culpa, é uma forma de cuidar de si e de reconstruir significado depois de uma perda tão dolorosa.

Um abraço no coração ❤️

✨Hoje é dia de celebrar aqueles que, com olhar atento e mãos firmes, cuidam de vidas que não falam a nossa língua, mas q...
09/09/2025

✨Hoje é dia de celebrar aqueles que, com olhar atento e mãos firmes, cuidam de vidas que não falam a nossa língua, mas que sentem com a mesma intensidade que nós. É o Dia do Médico Veterinário.E justo hoje, as veterinárias que acompanham meu querido Oliver estiveram aqui. A presença delas me lembrou o quanto esse ofício vai muito além da técnica. É ciência, sim, mas também é afeto, é compaixão, é a delicada arte de cuidar de quem tanto amamos.

Minha vida já me aproximou desse universo de forma intensa. No luto PET, encontrei veterinários que, em meio à dor, souberam me oferecer não apenas explicações, mas também humanidade. Nos treinamentos de comunicação de notícias difíceis, aprendi que a voz de um médico veterinário pode ser tanto o fio que sustenta a esperança quanto o abraço que ampara a despedida.

Hoje, minha homenagem é singela, mas carregada de gratidão.Às médicas que cuidam do Oliver, e a todos os profissionais que se dedicam a essa missão, deixo meu reconhecimento: vocês não apenas tratam animais, vocês sustentam famílias, transformam despedidas em gestos de amor e mantêm viva a confiança de que o cuidado verdadeiro existe.

Parabéns a todos vocês! ✨

O luto por um irmão é um corte na narrativa da nossa própria história. É como perder uma parte do espelho onde víamos no...
05/09/2025

O luto por um irmão é um corte na narrativa da nossa própria história. É como perder uma parte do espelho onde víamos nossas semelhanças, cumplicidades, disputas e lembranças de infância. A teoria do luto nos ensina que não se trata de “superar”, mas de reconstruir identidades após a perda. No caso de um irmão, reconstruímos também o nosso lugar no mundo: deixamos de ser o “mais novo” ou o “do meio”, mudamos a dinâmica da mesa de família, descobrimos que algumas memórias só existem dentro de nós porque quem partiu era o guardião da mesma cena.

No Dia do Irmão, muitas pessoas celebram a presença.Mas para quem vive o luto, é também o dia de honrar a ausência transformando a saudade em continuidade.
Porque um irmão não se apaga: ele se torna uma voz interna, um gesto herdado, uma risada que ecoa na memória. Hoje, se o coração apertar, permita-se lembrar:
• Qual era a frase ou mania do seu irmão que ainda vive em você?
• De que forma ele segue influenciando as suas escolhas?
• Como você pode manter esse vínculo de maneira simbólica?

O luto de um irmão não é o fim do laço, mas a mudança do lugar onde ele habita: agora, na memória, no amor e naquilo que continua a florescer em nós. Aos que celebram a presença, que haja gratidão. Aos que sentem a ausência, que haja acolhimento.

Um abraço no coração ❤️

O luto, muitas vezes, não é feito apenas da ausência de quem partiu, mas também das ausências que se constroem entre os ...
03/09/2025

O luto, muitas vezes, não é feito apenas da ausência de quem partiu, mas também das ausências que se constroem entre os que ficam. Na tentativa de proteger o outro, de poupá-lo do peso da própria dor, erguem-se muros silenciosos. Cada um chora escondido no seu canto, acreditando que o silêncio é cuidado. Mas o silêncio, quando se alonga, pode virar distância. A teoria do luto nos mostra que compartilhar a dor não a multiplica, mas cria pontes de sustentação mútua. Quando não dividimos, o que era para ser vínculo se transforma em solidão a dois.

Às vezes, se reconhece isso tarde: ao esconder uma dor, se cria um espaço vazio entre os envolvidos. Não é a falta de amor, mas a dificuldade de expor a própria fragilidade que cava esse abismo. E é justamente nesse vazio que nasce o sentimento de desconexão: dois corações partidos, mas batendo em ritmos diferentes, sem se ouvirem. O luto pede coragem: a coragem de falar, de chorar junto, de admitir que se sofre. Porque quando a dor é partilhada, ela não some, mas se torna mais respirável. E, nesse gesto, o amor encontra um caminho para continuar vivo, mesmo em meio à perda.

Um abraço no coração ❤️

Setembro Amarelo nos convida a falar sobre a vida, mas também nos lembra da dor silenciosa que carregam aqueles que perd...
01/09/2025

Setembro Amarelo nos convida a falar sobre a vida, mas também nos lembra da dor silenciosa que carregam aqueles que perderam alguém para o suicídio. Familiares e amigos atravessam um luto profundo, muitas vezes solitário, marcado por perguntas que não encontram respostas. É um vazio que não se preenche facilmente, e que pode trazer sentimentos de culpa, de raiva ou até de impotência.

O luto por suicídio é um dos mais difíceis de viver, porque carrega o peso do estigma. Muitas vezes, quem sofre não encontra espaço para compartilhar sua dor, com medo do julgamento ou do silêncio desconfortável dos outros. E é justamente nesse momento que a presença acolhedora faz diferença: não para explicar, nem para justificar, mas para estar junto, oferecendo ombro, escuta e respeito. Cada sobrevivente carrega uma história única com quem partiu. E cada história merece ser honrada. Reconhecer a dor, validar os sentimentos e permitir que o luto siga seu próprio ritmo é uma forma de cuidado. Não há um “tempo certo” para se fortalecer, mas há caminhos possíveis para reconstruir a vida, pouco a pouco, com apoio e acolhimento.O Setembro Amarelo é também um lembrete de que cuidar da vida significa olhar para os que ficaram. Que possamos ser presença amorosa na vida daqueles que vivem esse tipo de perda, lembrando-os de que não precisam atravessar essa jornada sozinhos.

Vivemos em uma sociedade que valoriza, quase o tempo todo, a positividade. O “estar bem” virou um padrão esperado, e mui...
31/08/2025

Vivemos em uma sociedade que valoriza, quase o tempo todo, a positividade. O “estar bem” virou um padrão esperado, e muitas vezes sentimos que não há espaço para emoções que são vistas como “negativas”, como a tristeza, a angústia ou o próprio luto.

Mas o luto é um processo humano, natural, e fundamental para a nossa saúde emocional. Ele nasce da ausência, da perda, do vazio e por isso mesmo carrega uma dor que não pode ser simplesmente apagada com frases prontas de otimismo. Quando tentamos sufocar o luto em nome de uma felicidade constante, acabamos enfraquecendo nossa capacidade de viver de forma inteira.

É justamente nesses sentimentos difíceis que também acontece crescimento: a dor nos ensina sobre vínculos, a saudade nos mostra a profundidade do amor, e a tristeza nos conecta com a fragilidade que nos torna humanos.

A teoria do luto nos lembra que não se trata de “superar” a perda, mas de aprender a integrá-la à vida. Quando acolhemos o luto, sem pressa e sem censura, abrimos espaço para que ele se transforme não em esquecimento, mas em uma nova forma de presença.

Aceitar a angústia e o luto não é se entregar ao sofrimento, mas reconhecer que até mesmo a negatividade tem seu lugar na construção de quem somos. Porque sentir dor também é prova de que amamos, e isso nunca deve ser diminuído.

Um abraço no coração ❤️

Hoje não é sobre mim, mas sobre cada história que chega até mim. Ser psicóloga, especialmente no cuidado com lutos e per...
27/08/2025

Hoje não é sobre mim, mas sobre cada história que chega até mim. Ser psicóloga, especialmente no cuidado com lutos e perdas, é ter o privilégio de caminhar ao lado de quem atravessa momentos em que a vida parece ter perdido o sentido. É escutar silêncios, acolher lágrimas e, aos poucos, ajudar a costurar novos significados. O luto não pede pressa, não cabe em manuais e não se encaixa em frases prontas. Ele exige presença. E é nesse espaço de presença que a psicologia encontra sua força: lembrar que, mesmo na dor, não estamos sozinhos.

E talvez a ironia do destino seja justamente essa: foi por conta de perdas tão importantes e profundas na minha vida que acabei escolhendo esta área. A dor que um dia me atravessou se transformou em caminho de cuidado. Hoje, o que antes foi ausência, também é presença na forma de acolher quem sofre.

💬 Agora quero ouvir de você:
Qual foi o momento em que a psicologia fez diferença na sua vida? Seja em um processo de perda, em uma escuta ou no simples ato de ser compreendido? Deixe aqui nos comentários, porque sua partilha pode acolher outras pessoas que também estão passando por isso.

Um abraço no coração ❤️

Oi, gente!!Estou temporariamente sem Instagram, pois minha conta profissional ficou restringida pela Meta, por conta de ...
11/01/2025

Oi, gente!!
Estou temporariamente sem Instagram, pois minha conta profissional ficou restringida pela Meta, por conta de várias tentativas de meu próprio acesso com alguns erros técnicos da empresa.
Estou tentando recuperar com uma empresa especializada, e talvez demore alguns dias. Estarei realizando postagens apenas pelo perfil do Facebook e fanpage, e depois da recuperação (🙏🏻), atualizo lá pra vcs!
Um abraço no coração ❤️

Endereço

R. Brigadeiro Arthur Carlos Peralta, 280
Curitiba, PR
82560030

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 09:00 - 19:00
Terça-feira 09:00 - 19:00
Quarta-feira 09:00 - 19:00
Quinta-feira 09:00 - 19:00
Sexta-feira 14:00 - 19:00
Sábado 09:00 - 12:00

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Psicóloga Fabiana Witthoeft posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com A Prática

Envie uma mensagem para Psicóloga Fabiana Witthoeft:

Compartilhar

Share on Facebook Share on Twitter Share on LinkedIn
Share on Pinterest Share on Reddit Share via Email
Share on WhatsApp Share on Instagram Share on Telegram