15/09/2024
Ser MUSICOTERAPEUTA
É ouvir a música além do comum, do usual, do prazeroso...
É aliar a escuta, a audição, a criação, a re-criação, a expressão vocal, instrumental e corporal às expressões, reações e sentimentos do seu paciente.
É estar atento à cada sonoridade instrumental, à cada sonoridade vocal, à cada sonoridade corporal...
É se preocupar com o andamento musical, com a intensidade, a melodia, a tonalidade, o volume... é ter todos os elementos musicais presentes e observar o que cada um traz de benefício ou não para o seu paciente.
É ouvir o canto do outro, seja com a voz expressa ou com a voz presa dentro do peito.
É ver a dança do corpo no compasso ou descompasso musical.
É saber que toda forma de tocar instrumentos musicais é linda porque é expressa pelo mundo do outro.
É entender que a letra musical pode ser a fala do outro que está na sua frente.
É procurar coordenar as formas de expressão vocal, instrumental e corporal.
É ouvir a música do seu paciente mesmo quando ele não canta.
É entender que a música escolhida hoje pode ser a rejeitada amanhã, pois a vida flui com as mudanças possíveis a todos os seres vivos.
É ouvir a pausa do paciente.
É ouvir o convite para um canto em dueto, para uma dança em valsa ou em rock, é aceitar o convite do tocar instrumentos escolhidos naquele momento...
Ser musicoterapeuta é ter a ferramenta de trabalho mais linda na nossa visão.
Obrigada, mundo musical, pelas possibilidades que nos dá de procurar florescer no outro o que há de mais lindo, essencial e verdadeiro para essa pessoa que confiou no nosso trabalho.
Letícia Maria Nogueira Salum
Musicoterapeuta
CPMT 040/94
Psicoterapeuta Corporal