
27/06/2025
Sobre a morte e a angústia desse momento sofrida pelos que estão conscientes!
Inicio escrevendo que a consciência está ligada à atividade cerebral integrada. Ou seja, quando o cérebro deixa de funcionar de forma global (morte encefálica), a neurociência entende que a consciência cessa. Este processo é gradual: o corpo vai se desligando e o cérebro, sem suporte, entra em colapso. Do ponto de vista neurológico, o corpo aciona mecanismos automáticos de desligamento. O cérebro reduz sua atividade, protegendo o indivíduo do sofrimento consciente. Há liberação de neurotransmissores como endorfina, que têm efeito analgésico e tranquilizante. É como uma falha de energia, no sentido de que gradualmente a “força” fosse diminuindo. E, para o co***lo de muitos, isso ocorre ante de a dor se tornar insuportável. A consciência não está mais ali.
Você pode me perguntar: Mas e o frio daquele momento?
A temperatura do mundo tem alteração, a do corpo também. Sendo assim, ao cair a temperatura cerebral o metabolismo desacelera. Novamente digo, como não há consciência não há SENTIDO, tão pouco sentir! A mente se acalma e permite que o fim dos órgãos ocorro sem dor..
Mas o que sente-se?
Na psicologia, falamos de um fenômeno conhecido como Dissociação psíquica, em situações de dor ou trauma extremo, a mente se desliga como forma de proteção. Ocorre uma ruptura temporária da consciência como defesa — comum em traumas, acidentes e também no momento da morte. Essa “retirada” é vista como um recolhimento interno, onde o corpo cuida da dor desligando o que for possível.
A individualidade mais uma vez se apresenta para nós!
A solidão nesse caso não é abandono — é uma entrega interna, onde o corpo se recolhe em paz, como se “soubesse” que é hora de ir.
A psicologia acolhe essa solidão como parte da experiência existencial de morrer — e também como espaço onde a presença amorosa, mesmo em silêncio, ainda importa profundamente.