
19/05/2023
Esse tempo longe do meu menino, acima de tudo, me fez perceber o quanto é breve a infância das nossas crianças… o quanto a gente se desgasta com coisas pequenas e desnecessárias.
Na tentativa de fazer o melhor por eles, de oferecer o melhor que podemos, nós perdemos tempo de qualidade com eles.
Trabalho demais, presença de menos.
Os melhores alimentos, os mais selecionados.
O dia inteiro na escola bilingue.
Natação, violino, judô.
Viagem para Disney.
O tênis da Vans.
A mesa vazia.
A criança que não br**ca.
A criança que vive “conectada” e tão desconectada, ao mesmo tempo. Que não sabe aproveitar o tédio.
Você que não está em casa para br**car com ela, está trabalhando para bancar tudo isso.
Não quero dizer o que é certo ou errado, porque isso só diz respeito à nós. Nós somos LIVRES para fazermos NOSSAS escolhas.
Mas toda escolha nossa tem um preço.
Foi difícil pra mim, algumas destas escolhas.
Mas de algumas delas não me arrependo.
Felipe brincou muito.
Foi rápido, mas eu estava lá, o suficiente. Precisei “bancar” o meu desejo, ir contra a maré, enfrentar olhares tortos…
Mas quando olho hoje pro meu menino, quando olho pra quem somos nós dois juntos, nossa cumplicidade e nossa intimidade, tenho certeza que me saí bem.
Eu sempre levei a maternidade com leveza… sempre senti prazer em ser mãe dos meus filhos. Houve perrengues, dias ruins, pesados, duros… mas eu prefiro olhar o quanto essa jornada tem me transformado, me feito uma pessoa MELHOR.
Prefiro olhar com leveza para ela.
E quer saber?
Isto está ao nosso alcance. NÓS é quem decidimos olhar para um copo e vê-lo meio cheio ou meio vazio, não?
É SOMENTE você que pode encontrar bençãos e não fardos nessa DOCE arte de maternar.
Concorda comigo?
Maria Carolina
mãe do Fefo, 17 e da Rafa,11.🤍