16/02/2025
No 18º Encontro Paranaense, aprendemos que decolonizar saberes, reconhecer a história e cultivar o futuro ancestral é também sobre coletivizar a construção e romper com a lógica individualista. É compreender os afetos mesmo nos momentos de desafetos. É se enxergar como parte de um todo muito maior do que qualquer ego individual – esse mesmo ego que nos ensinaram a colocar acima dos interesses coletivos.
A psicologia, em um movimento de autocrítica, precisa ser pautada pela cosmovisão de quem, desde antes de nós, já trazia os fundamentos que hoje tentamos nomear em outras línguas e culturas. Construir lado a lado, colocando o corpo em trabalho, comprometendo-se a entregar o melhor e valorizando cada debate, cada estudo, cada troca que aponta avanços – isso significa assumir que nossas lutas não podem ser terceirizadas. Seremos nós mesmes a fazer e construir.
Com todas as dificuldades, o cansaço extremo e os desafios do caminho, levo dessa experiência a emoção de ver o trabalho e atuação das pessoas estudantes, que estão de fato construindo uma ciência alinhada às necessidades que nós, profissionais atuantes, identificamos em campo. Como Psicóloga Comunitária, testemunhar essa troca entre profissionais de diversas culturas e epistemologias, reforçando a importância de uma ciência ancestral que compreenda os aspectos sociais como centrais na construção do sujeito, só me traz mais felicidade e a certeza de que escolhi o caminho certo para minha vida.
Na primeira e na última foto, com as pessoas monitoras que fizeram este evento acontecer! Muito feliz por termos atuado e defendido as Comissões de Estudantes pelo estado, que, com seu engajamento, demonstram compromisso com a profissão e seus princípios éticos. Muito respeito por vocês!
Por uma Psicologia popular e construída por seus povos! Gratidão a todes 🔥