29/01/2025
Nossa cultura hollywoodiana tem a paixão como uma commodity que rende fortunas, pois os sinais, as emoções, as sensações próprias da paixão nos tocam a todos com características tão previsíveis, como as doenças descritas em manuais médicos internacionais com um nome, um determinado curso e um prognóstico previsto. Assim como conhecendo-se a doença, pode se oferecer o remédio correto, também sabendo-se do que se compõe a paixão, as indústrias do entretenimento pode oferecer os roteiros que o público se identif**a, já que esse estado ( paixão) é universal.
E o amor como f**a? Da mesma forma que não existem impressões digitais iguais, DNA iguais, cada indivíduo ama de forma diferente; cada um chama de amor a sentimentos, emoções, afetos de uma maneira própria e totalmente individual.
Nem sempre uma relação amorosa pode seguir em frente ainda que exista paixão.
Para se chamar uma relação de amor é fundamental alguns ingredientes que faltam na paixão.
A paixão se nutre da idealização, da projeção, da negação e tem data de validade.
Pro amor acontecer, em vez de idealizar, projetar e negar, é fundamental, ver, assistir, constatar e a partir disso se encantar, gostar, e querer de um jeito que parece muito com aquela forma com que se ama um amigo que a gente sempre quer por perto, e é lógico a isso acrescentar o desejo de se relacionar sexualmente.
É trágico que a mídia continue insistindo em tornar sinônimos amor e paixão.
É triste pela exaltação da intensidade, do arrebatamento, em detrimento do amor maduro que pode ter como resposta ao cônjuge que pergunta ao seu parceiro: como vc me ama?
- normal, do meu jeito….