23/11/2025
“Às vezes, o seu problema é que você nunca deixou ninguém viver as consequências de ter te desrespeitado.
Você deixou passar de novo, de novo, de novo… fez silêncio pra não piorar, engoliu seco pra não perder, se encolheu pra caber.
E, sem perceber, você foi ensinando ao mundo que tudo bem te machucar, tudo bem esquecer o que você sente, tudo bem passar por cima, porque você aguenta, você sempre aguentou.
E foi justamente isso que te destruiu.
Foi naquele dia em que você disse: “tá tudo bem”. Mas não estava.
Naquela noite em que você deitou virada pro lado, morrendo por dentro.
Naquela mensagem que não respondeu, porque se respondesse, ia gritar.
Você pensou que proteger as relações era mais importante do que proteger você.
Pensou que amar era suportar, que manter alguém por perto era mais urgente do que se manter inteira.
Mas ninguém aprendeu nada com o seu silêncio.
Ninguém entendeu que doeu.
Ninguém se sentiu responsável pelo que causou.
Porque você abafou o barulho da queda e ficou ali, varrendo os cacos sozinha.
Com vergonha de parecer fraca, dramática.
Mas a verdade é que você foi forte demais, por tempo demais.
O seu problema não é que faltou amor.
É que te faltou reação, te faltou ausência, te faltou a coragem de ir embora no primeiro desrespeito.
Te faltou o não.
Te faltou mostrar o que acontece quando alguém ultrapassa o que é sagrado.
Te faltou dizer: “comigo, não”.
E talvez ainda hoje essa seja a frase que mais te falta dizer.”