24/07/2025
Falar sobre o possível sobrediagnóstico do autismo é importante, mas essa discussão só faz sentido se vier acompanhada de uma análise profunda sobre a formação dos profissionais que realizam as avaliações clínicas.
Atuar na avaliação para o diagnóstico do TEA, especialmente na vida adulta, exige mais do que conhecimento técnico: requer rigor metodológico, experiência, escuta qualificada, empatia e compromisso ético. Quando o processo é conduzido de forma superficial, há dois riscos igualmente prejudiciais:
👉🏻 Diagnosticar, de forma equivocada, pessoas que não são autistas, por falta de critério ou pela pressa;
👉🏻 Ou negligenciar casos reais, especialmente os de TEA nível 1 de suporte, cujos sinais são mais sutis.
Por isso, a ética profissional precisa estar no centro dessa prática:
🔘Para que os critérios diagnósticos sejam usados com responsabilidade;
🔘Para que o sofrimento subjetivo não seja invisibilizado,
🔘E para que o diagnóstico, quando necessário, seja um caminho de validação, não de estigmatização.
Autismo não deve ser descartado com base em impressões rasas, nem atribuído de forma leviana. O cuidado começa com a postura de quem avalia.