O termo Neuropsicologia tem sua origem atribuída ao psicólogo canadense Donald Olding Hebb. Trata-se de uma interface entre psicologia e neurologia que visa compreender a organização cerebral e suas relações com o comportamento e a cognição, tanto em quadros de doenças, como no desenvolvimento humano normal. Sua atuação se divide entre a Neuropsicologia Experimental e a Neuropsicologia Clínica, a
primeira desenvolve estudos para ampliar seus conhecimentos científicos e a segunda é aplicada à avaliação e intervenção clínica. O neuropsicólogo tem por objetivo principal correlacionar as alterações observadas no comportamento do paciente com as possíveis áreas cerebrais envolvidas e trabalha com enfoque diagnóstico. Seu trabalho pode se dar segundo a Neuropsicologia Tradicional; Luria e colaboradores; baseado na Psicologia Cognitiva; na Análise do Comportamento ou mesmo segundo outra abordagem psicológica. AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
Consiste no método de investigar as funções cognitivas e o comportamento. Trata-se da aplicação de técnicas de entrevistas, te**es psicológicos, observação, atividades formais e informais, abrangendo processos de atenção, percepção, memória, linguagem e raciocínio. Estrutura de uma avaliação neuropsicológica
Entrevista clínica (anamnese). A avaliação pode ser estruturada por meio de baterias fixas (avaliação mais detalhada) ou baterias breves (avaliação básica). Os instrumentos neuropsicológicos podem ser classificados como te**es e exercícios. Os te**es formais são métodos estruturados aplicados com instruções específicas e normas derivadas de uma população representativa. Exercícios neuropsicológicos: Não são te**es submetidos a uma normatização. Esses exercícios incluem tarefas como leitura, escrita, cálculos, classificação de objetos, desenhos e outras. PRINCÍPIOS DA REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
A reabilitação neuropsicológica é informada pelos diagnósticos médicos e neuropsicológicos, mas é baseada na formulação de cada evolução das necessidades individuais do cliente, nos seus problemas e no fortalecimento das perspectivas físicas, cognitivas, emocionais e sociais. A equipe-base dessa modalidade de reabilitação oferece a vantagem de visão de um problema ou oportunidade a partir de um número de perspectivas profissionais relacionadas, mas distintas. Para a reabilitação efetiva de indivíduos que demonstrem dificuldades cognitivas, mas também dificuldades comportamentais, emocionais e psicossociais, essa intervenção requer uma estreita aliança terapêutica entre terapeuta, cliente, membros da família e outros cuidadores. Isso posto, enfatiza a colaboração e a participação ativa do cliente, pois tem foco principal na educação, com ênfase na capacidade, autocontrole e autossuficiência do paciente. As sessões de reabilitação são estruturadas, os planos de tratamento e atividades são desenvolvidos com referência à avaliação dos resultados e aos dados de desempenho atuais do indivíduo. Os objetivos incluem o aumento das habilidades cognitivas e comportamentais, a compensação para limitações cognitivas e comportamentais, e o auxílio ao cliente para entender e controlar reações emocionais para modificar ser funcionamento. Auxilia os clientes na aquisição de um entendimento mais acurado de seus poderes e limitações, e na adequação das alterações relacionadas à lesão na função e nas circunstâncias da vida. A Intervenção Neuropsicológica é eclética, ao usar uma variedade técnica de estratégias para aumentar habilidades; para ensinar habilidades novas e compensatórias; para facilitar regulação do comportamento; e para modificar pensamentos, sentimentos e emoções negativas ou interrompidas. Pretende entender o estilo de vida anterior de cada cliente, incluindo habilidades, objetivos, valores, relacionamentos, papéis, personalidades e padrões de comportamento. Esse tipo de intervenção é responsável pelas alterações das teorias e tecnologias. Seus profissionais reconhecem e respondem às necessidades de avaliar objetivamente a eficiência das intervenções. Assim sendo, a avaliação e a reabilitação neuropsicológicas são mais amplas do que a avaliação e a reabilitação cognitiva, que enfocam e trabalham estritamente as funções cognitivas do paciente, diferentemente da neuropsicologia que considera e atua sobre questões comportamentais, físicas, pedagógicas, inter-relacionais, culturais, sociais e ambientais.