30/05/2025
O que define a mulher?
Em minha prática clínica e também conversando com diferentes mulheres, vivendo diferentes feminilidades, tenho refletido sobre o quanto ser mulher (mesmo depois de tanta evolução e direitos conquistados) tem sido para algumas de nós, se não todas em algum nível, estar em um relacionamento, ser a melhor no seu trabalho, encarnar a mãe perfeita, ou estar com suas casas e aparência impecáveis. Isto é, a quantidade de coisas que nos assujeitamos, sem questionar o porque. Por exemplo, acabar com todo e qualquer pelo do corpo, surtar com o peso na balança, fragmentar nossos corpos e almas em partes, e chegar ao ponto de detestá-las.
A intenção neste breve escrito não é discorrer sobre conceitos psicanalíticos, na intenção de explicar como nós nos reconhecemos enquanto mulheres. E sim de levantar uma reflexão sobre o meio ao qual somos expostas desde o momento que nascemos. As meninas emperiquitadas, por vezes, ou melhor, muitas vezes visivelmente incomodadas, estão aí para nos dizer.
Acredito sim que muitas mulheres se embelezam e vivem um relacionamento amoroso e a maternidade, por escolha e algo de seu desejo.
No entanto, quero apontar para a influência do meio na construção das nossas feminilidades. Até porque não existe mulher igual a outra, embora queiram nos colocar em caixinhas.
Conversando hoje com uma amiga (um viva para as amizades femininas 😍), pensamos sobre o feminismo, que além de sua dimensão política/social super fundamental, feminismo no fundo é sobre poder escolher.
Escolher viver a feminilidade que se quer viver, seja ela com filho ou sem, com trabalho ou não, casada ou solteira.
Que possamos não nos perder da nossa essência, que é livre e criativa.
Que nosso lar, nossos amores e os padrões sociais não nos aprisione.
Me conta aqui nos comentários o que faz você se sentir mulher…
Por Jaqueline Tozato