18/09/2024
A resistência dos micróbios não é um fenômeno novo. Acredita-se que os primeiros casos surgiram em hospitais após a introdução massiva dos antibióticos na primeira metade do século 20.
Um estudo publicado na revista Nature descreveu o aparecimento de exemplares resistentes da bactéria estreptococo em unidades médicas militares ainda nos anos 1930. Outra espécie bastante conhecida, a Staphylococcus aureus, se mostrou combativa ao primeiro antibiótico criado, a penicilina, em hospitais de Londres logo após sua introdução, nos anos 1940. O mesmo efeito pôde ser observado com o agente da tuberculose, o bacilo de Koch, que aprendeu a se defender da estreptomicina.
No fundo, o que um patógeno quer é sobreviver. O que se torna uma encrenca para nós, humanos. “O micro-organismo acaba adquirindo resistência após ser exposto a um medicamento. Nesse processo, deixa de ser combatido por ele ou passa a ser apenas parcialmente eliminado”, explica o infectologista Carlos Kiffer, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O evento, como f**a claro, é potencializado pela ação humana, sobretudo com o uso indiscriminado de remédios teoricamente controlados. “Quanto mais se usa, mais matamos as bactérias que são sensíveis, enquanto as resistentes prevalecem e podem transmitir esses mecanismos de resistência a outras”, detalha a microbiologista Ana Paula Assef, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
Para saber mais de como se proteger de micróbios resistentes, confira a nova matéria de Veja Saúde que está atualmente nas bancas - e também online.
https://saude.abril.com.br/medicina/supermicrobios-guerra-na-surdina