11/07/2025
Por que você come quando não está com fome?
Você já se viu abrindo o armário ou a geladeira, mesmo depois de ter acabado de comer?
Já se pegou mastigando rápido, sem nem perceber o gosto da comida?
Às vezes, a gente come buscando conforto.
Às vezes, come para calar uma dor.
E, muitas vezes... nem sabe por quê.
Essa é a fome emocional — um tipo de fome que não nasce no estômago, mas no coração, na mente, no vazio silencioso que a gente carrega.
💬 Fome real x fome emocional: como diferenciar?
🔹 A fome física aparece aos poucos, é gradual, pode esperar. Você sente no corpo: barriga roncando, leve tontura, sensação de estômago vazio.
🔹 A fome emocional é urgente, impulsiva, vem “do nada” e normalmente pede alimentos específicos (como doces, massas, comidas que confortam).
A fome emocional costuma ser resposta a um sentir que não encontrou palavras:
Ansiedade antes de uma reunião? → chocolate.
Tédio no fim da tarde? → petiscos.
Solidão à noite? → pão com manteiga, um doce, algo “quentinho”.
Culpa por algo que disse? → qualquer coisa, rápido, sem pensar.
E depois... vem a culpa.
A frase silenciosa:
“Eu não precisava ter comido isso…”
Na perspectiva psicanalítica, o ato de comer pode funcionar como uma forma de defesa contra algo que não se pode nomear ou suportar emocionalmente.
Muitas vezes, o alimento ocupa o lugar da palavra — é como se, ao comer, a pessoa calasse um grito interno, abafasse um desejo ou anestesiasse uma angústia.
É o corpo tentando dar conta daquilo que a psique não conseguiu simbolizar.
A compulsão, nesse caso, aparece como uma forma de lidar com o excesso:
o excesso de exigência, de vazio, de silêncio, de dor não elaborada.
E o ato de comer vira um ritual silencioso — repetitivo, solitário, e muitas vezes cheio de culpa.
Mas essa repetição tem um sentido.
Ela fala de algo que ainda não foi dito.
O que você sente logo antes de comer sem fome?
O que essa vontade tenta encobrir?
Que vazio você está tentando preencher?
Essas perguntas não são simples.
Mas elas são um convite: em vez de se calar com comida, tentar escutar o que está gritando por dentro.
Porque, no fundo, não é sobre comida.
É sobre o que você sente — e não sabe como lidar.
✨ Não é sobre força.
É sobre elaboração, sobre dar nome, sobre escutar-se com coragem.
Você já se sentiu assim — comendo para calar o que não consegue dizer?
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💌 A transformação começa quando a gente se escuta, sem julgamento.