08/06/2025
O vídeo Ogronegócio - https://youtu.be/Zj7CWtkzmhI?feature=shared - que circula pelas redes, é mais do que um recorte de opinião — é um sintoma preocupante do que a psicologia comportamental há muito identif**a: o enrijecimento cognitivo e comportamental promovido por ideologias extremistas, em especial aquelas calcadas em dogmas de esquerda radical, o que pode produzir efeitos devastadores sobre a saúde mental do indivíduo. Entre as probabilidades dos efeitos devastadores, temos:
Dissonância cognitiva intensa
Segundo Leon Festinger (1957), a dissonância ocorre quando crenças rígidas entram em conflito com evidências da realidade. Para preservar o "conforto ideológico", o sujeito recorre à negação, à racionalização ou à distorção da realidade — um processo que se torna crônico em ambientes ideologicamente fechados. Isso leva a uma desconexão progressiva entre pensamento e realidade objetiva.
Rigidez comportamental e perda de autocrítica
Sob a ótica da Análise do Comportamento, contingências reforçadoras dentro de grupos ideológicos tornam certos padrões verbais e comportamentais quase compulsivos. Quando o reforçamento se dá apenas por aprovação do grupo, o comportamento torna-se inflexível e resistente à mudança, gerando aquilo que B. F. Skinner chamaria de "comportamento governado por regras insensíveis às contingências naturais" — ou seja, o sujeito age conforme o script do grupo, e não conforme as consequências reais.
Destituição de filtros sociais e empatia
O sujeito imerso em ideologia extrema perde gradualmente os reforçadores sociais naturais (afeto, diálogo, escuta), substituindo-os por reforçadores ideológicos (confronto, denúncia, cancelamento). A extinção de respostas empáticas se torna evidente, pois o outro deixa de ser um ser humano e passa a ser apenas um "inimigo de classe", "reacionário", ou qualquer outro rótulo que justifique a hostilidade.
Consequências emocionais severas
O custo emocional dessa adesão cega é altíssimo: ansiedade crônica, intolerância à frustração, sensação constante de ameaça (mesmo onde não há), e uma tristeza enraizada na percepção de que tudo é opressão. O sujeito perde a capacidade de vivenciar a ambiguidade da vida — tudo precisa ter um culpado, um opressor, um inimigo. Esse maniqueísmo emocional mina a saúde psíquica profundamente.
Assim, caro leitor/a, o que vemos no vídeo não é apenas um discurso político: é a manifestação de uma mente capturada por um molde ideológico que suprime a liberdade de pensar, sentir e agir com autenticidade. Como alerta Albert Ellis, criador da Terapia Racional Emotiva Comportamental, “as crenças irracionais são a causa mais comum do sofrimento humano”. Quando ideologias se tornam verdades absolutas, a liberdade mental se perde — e com ela, a saúde.
Uma sociedade mentalmente saudável começa pela liberdade de pensar com flexibilidade, escutar com empatia e agir com responsabilidade. Não há nada de virtuoso em odiar em nome da "justiça". Há apenas dor, adoecimento e, muitas vezes, solidão.