
18/08/2025
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Apesar dos avanços, a cobertura do exame de mamografia no Brasil ainda é um desafio. Menos de 24% das mulheres de 50 a 59 anos realizam o exame, muito abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa baixa cobertura e as desigualdades regionais e raciais impactam diretamente o diagnóstico precoce do câncer de mama.
Dados recentes apontam, segundo levantamento do Instituto Natura em parceria com o Observatório de Oncologia do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, que apenas 23,7% das mulheres brasileiras fazem mamografia, com a região Sul liderando (27%) e a Norte com o pior índice (11%). O diagnóstico tardio é mais comum entre mulheres pretas e pardas (44% vs 36% entre brancas), evidenciando barreiras socioeconômicas e de acesso. O câncer de mama é o segundo mais comum entre brasileiras, com mais de 73 mil novos casos anualmente. A detecção precoce garante curabilidade acima de 90-95%, mas o tempo médio para início do tratamento no Brasil ainda ultrapassa em 158 dias o prazo legal.
É urgente que campanhas de conscientização ocorram o ano inteiro e que a busca ativa por mulheres em idade de rastreamento se torne uma política pública abrangente. A SBM reforça a importância de lutar por equidade no acesso à saúde e por um sistema que garanta o cuidado para todas as mulheres.