24/07/2025
23 de julho de 2025 — Hoje seria o centésimo vigésimo segundo aniversário de Pai Cristóvão do Ogum.
Pai Cristóvão nasceu em 23 de julho de 1903. Se estivesse entre nós, completaria hoje 122 anos. Mas a verdade é que ele nunca nos deixou.
Ele ergueu não apenas um terreiro, mas uma ética. Um modelo de conduta, de zelo, de transmissão de saber. O que hoje chamamos de tradição, ele chamava de obrigação no sentido mais profundo da palavra: um compromisso assumido com os orixás e com as futuras gerações.
Pai Cristóvão que sempre soube ensinar sem alarde, guiar sem imposição e formar lideranças com base em respeito. Foram décadas resguardando o que tinha de mais sagrado em si, fazendo de sua vida uma ponte entre os mais velhos e os que ainda viriam.
(“Ah, meu avô… A saudade que sinto do senhor não é só saudade de pessoa, é saudade de postura, de força, de quando a palavra era lei. O senhor me ensinou a escutar o chão, a entender o tempo do orixá, a ter coragem sem precisar gritar. Quando o senhor me olhava, eu já sabia o que fazer. E até hoje, quando tudo está em silencia, ainda é a sua voz que ecoa dentro de mim.” — Mãe Maria do Axé Pantanal)
Neste dia, a Nação Efon se curva em memória, orgulho e reconhecimento. O que temos hoje é porque houve alguém como ele que segurou o mundo nos ombros sem perder a ternura. Que nos iniciou em um modo de existir onde cada gesto é ensinamento.
Que os ventos de Oyá levem nossas preces até ele. E que nunca nos falte o exemplo que ele nos deixou.
Nação Efon, por ele e por todos os que vieram antes.