13/08/2021
Criar filhos requer antes de tudo uma inesgotável capacidade de doação afetiva contrabalançada necessariamente pela serena coragem para renunciar ao desejo de impor nossa vontade e presença quando elas não são solicitadas pelos filhos.
É o equilíbrio entre o estar disponível e tornar-se dispensável que se aproximaria da “exata medida” na criação dos filhos.
Nisso consiste, talvez a condição básica para o bom desempenho da paternidade ou maternidade na adolescência.
A adolescência é uma fase de intensas transformações na vida do sujeito, nela emergem muitas tribulações, devido à passagem de um período, até então aparentemente calmo, para uma nova etapa turbulenta, composta por muitas transformações tanto físicas quanto emocionais na vida das pessoas.
É um período de transição, no qual é comum encontrarem-se muitos conflitos advindos da formação da identidade. Isso porque no período da adolescência as mudanças biológicas e emocionais firmam uma nova identidade, nesse período o corpo muda sensivelmente e, por conseguinte, o emocional do adolescente também, trazendo elementos novos que até então, eram desconhecidos.