27/08/2020
Em março, dois professores da Universidade de Turim, na Itália, assinaram um documento no qual sugerem que a suplementação de vitamina D, quando em níveis baixos, pode ser uma ferramenta de prevenção ao coronavírus. As evidências apontadas pela dupla são: o papel ativo que a substância tem na modulação do sistema imunológico, redução no risco de infecções respiratórias de origem viral e capacidade da vitamina D de neutralizar danos nos pulmões causados pela inflamação provocada pela ação do sars-cov-2. Além disso, acrescentaram, eles observaram que dados de pacientes de Turim indicaram que aqueles que testaram positivo para o coronavírus também apresentaram hipovitaminose D.
O mesmo estudo italiano menciona um trabalho pre-print (sem revisão por pares) intitulado "A suplementação de vitamina D pode prevenir e tratar infecções por influenza, coronavírus e pneumonia". Após revisão, esse trabalho foi publicado em abril, dessa vez com novo título: "Evidência de que a suplementação de vitamina D poderia reduzir o risco de influenza e infecções por covid-19 e mortes". O artigo defende que, através de vários mecanismos, a vitamina D pode reduzir o risco de infecções por meio da diminuição da replicação viral e também da concentração de citocinas, que provocam a inflamação aguda que afeta os pulmões. O texto conclui que a suplementação é recomendada para reduzir o risco de infecção e também deve ser administrada em pessoas com o diagnóstico de covid-19. Ainda assim, os pesquisadores indicam a necessidade de estudos clínicos randomizados para avaliar tais recomendações.