Dr Luiz Flávio Franqueiro

18/10/2024

07/07/2024

Retornaremos ao atendimento normal dia 15 de julho.

10/06/2024

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10/06/2024

A IMPORTÂNCIA DO EXAME CLÍNICO
Um dos aspectos mais importantes de uma consulta médica diz respeito ao raciocínio clínico. Este é o processo pelo qual o médico vai coletar os dados do exame feito com o paciente, o exame clínico, e associá-los com seus conhecimentos prévios, com o intuito de definir a melhor conduta para o caso específico. Neste sentido, o exame clínico é de suma importância e eu tenho enfatizado isto com meus alunos, nas duas universidades, nas quais sou docente.
É por meio do exame clínico que o médico vai adquirir as informações necessárias para fazer o raciocínio clínico. Dados corretos levam a um raciocínio adequado e consequentemente, a uma conduta correta. Obviamente, dados equivocados ocasionam diagnóstico e tratamento incorretos.
Do exame clínico, constam a anamnese e o exame físico. A anamnese é o interrogatório no qual o médico procura se informar sobre os sintomas e sinais que levaram o paciente a marcar a consulta. Neste processo o examinador questiona também sobre outros sintomas não relacionados a queixa principal, os antecedentes pessoais, hábitos e os antecedentes familiares do indivíduo. A anamnese é o primeiro contato entre eles, momento em que deve ser construída uma relação de confiança, de amizade e carinho. É essencial que o paciente possa expressar suas queixas livremente e o médico preste atenção a elas. Willian Osler, clínico canadense do século 19 dizia: “ouça o seu paciente. Ele está lhe dizendo o diagnóstico.”
Após a anamnese é realizado o exame físico, no qual o médico vai utilizar técnicas semióticas universalmente reconhecidas, com a finalidade de examinar o corpo do paciente. A inspeção, palpação, percussão e ausculta, são os métodos propedêuticos usualmente empregados, que podem variar de acordo com cada especialidade e contexto do atendimento.
Os exames complementares são solicitados de acordo com as necessidades específicas de cada paciente. Eles complementam o exame clínico, não podem ser solicitados aleatoriamente e sem a expectativa de mudar a conduta médica. Quando um médico solicita um exame, ele já deve ter em mente o que fazer com o seu resultado.
Exames solicitados desnecessariamente encarecem o sistema de saúde, seja ele público ou privado, muitas vezes expondo o paciente a riscos desnecessários. Quem paga a conta é a população, com planos de saúde que repassam para o usuário seus custos, se tornando cada vez mais inacessíveis. O nosso Sistema Único de Saúde mais parece um s**o sem fundo, e seus custos recaem sobre quem paga impostos, contribuindo para que o brasileiro tenha uma das maiores cargas tributárias do mundo.
Forte abraço

31/05/2024

Estar sempre atualizado sobre o tema como profissional, como também buscar o melhor para meus clientes. Congresso da Sociedade de Cardiologia do estado de São Paulo - Expocenter.

21/05/2024

12/05/2024

08/02/2024

Nada mais devastador para uma família do que a morte inesperada de um dos seus membros, particularmente quando este é jovem. A morte súbita pode acometer pessoas de diferentes idades, mais comum nas pessoas mais velhas, porém, às vezes somos surpreendidos com a notícia do falecimento de um jovem previamente normal.

Não levando em conta as mortes relacionadas ao trauma e aqui entra o suicídio, são múltiplas as causas de morte súbita que podem ceifar a vida de indivíduos numa fase precoce da sua vida. Na maioria das vezes um problema cardíaco, não detectado previamente, origina a morte.

Nas pessoas acima de 35 anos de idade a doença arterial coronária, usualmente o infarto agudo do miocárdio, constitui-se na principal causa. Por isso é comum ouvirmos alguém falar que um jovem morreu de infarto agudo do miocárdio “fulminante”. Na verdade, essas pessoas apresentaram uma morte súbita.

O infarto do miocárdio é usualmente relacionado à aterosclerose, onde ocorre a formação de uma placa de ateroma na parede das artérias, que gradualmente leva a obstrução desses vasos, dificultando a passagem de sangue necessário à nutrição dos tecidos e suas células. O que acontece é que apesar da aterosclerose se iniciar na infância ou adolescência, as consequências deste processo vão aparecer a partir da 4ª ou 5ª década de vida. Por isso, o infarto é a causa preponderante de morte súbita acima dos 35 anos de idade.

Nos jovens, as causas de morte súbita podem ser classificadas em cardíacas e não-cardíacas. Dentre as não-cardíacas estão as desordens neurológicas, como a hemorragia subaracnóide, e alterações metabólicas e endócrinas. Não podemos nos esquecer das intoxicações exógenas como co***na, crack e opiáceos.

As causas cardíacas são as mais comuns. Existem as miocardiopatias, doenças do músculo do coração, incluindo as dilatadas, as hipertróficas, a cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito e a miocardite, está, uma inflamação do coração que pode acompanhar algumas viroses. Hoje sabe-se que muitas das miocardiopatias são ocasionadas por mutações genéticas, o que tem uma implicação muito importante no rastreio destas doenças em familiares próximos de indivíduos jovens que apresentam estas doenças. Outra causa incomum são as anomalias das artérias coronárias, doença que pode ocasionar uma diminuição do fluxo de sangue para o músculo cardíaco e levar a morte prematura.

Mais recentemente, têm sido descobertas alterações em canais iônicos, que podem originar arritmias cardíacas malignas, como a síndrome do QT longo, QT curto, a síndrome de Brugada e outras.

Muito importante aqui é enfatizar que jovens que tenham certos sintomas- dor no peito, desmaios inexplicáveis, falta de ar- bem como aqueles parentes próximos de outros jovens que morreram subitamente, sem uma explicação plausível, devem receber uma avaliação cardiológica, com intuito de prevenir complicações que podem ter como consequência a morte súbita.