04/01/2024
2023.
É inevitavel pensar no ano que passou, e eu até que gosto. Quando retorno pro início do ano, me lembro de como havia feito isso com o ano anterior, bem menos estável que hoje, confiante, mas diferente. 2023 foi pra mim, um ano de restabelecer minha confiança, não porque eu não tinha mais, mas porque mudar de cidade leva tempo pra conhecer e se reconhecer pertencente, as coisas mudam. Os entraves da vida são complexos e a vida adulta é difícil, mas ser resiliente me deixa satisfeita, porque significa maturidade. Nesse ano eu pude sentir que estava preparada para novas coisas, encerrei ciclos que não estavam alinhados com os meus objetivos, me didiquei integralmente ao trabalho que eu amo fazer, descobri versões da mesma cidade, pude viver momentos lindos com a família e os amigues, e tive mais algumas comprovações do meu valor e competência. Tudo teria sido diferente se eu não tivesse uma rede de apoio incrível, que me dá amor e acolhimento continuamente. Isso tudo significa que cheguei ao fim do ano com sobriedade, e descobri que essa definição de equilibrio tem tudo a ver comigo. Escolho falar sobre mim porque não tem nada que eu conheça melhor do que o que passou por mim nesse ano. E para o próximo ano, continuarei buscando a coerência, a ética da vida, novos conhecimentos, novos encontros e reencontros e muito mais que ainda vou descobrir. Logo os textos teórico-críticos retornam pra vitrine. Pra você que lê esse texto, desejo que seja (paciente) com o que quer que esteja vivendo, apesar da pressa que a vida impõe, o tempo de dar sentido às coisas é outro, e respeitar o tempo é também aprender a respeitar a si mesme. Por fim, que esse fim de ano seja de boas festas e encontros potentes, e pra quem não for, que possa ser no próximo ano, seja com quem for, o importante é ser. Demonstrar afeto é um ato político.
2024 💫.