12/09/2025
Alterações hormonais importantes, mudanças físicas e, sobretudo, emocionais marcam o período da gestação. Nesse momento, é comum que as mulheres experimentem uma mistura de sentimentos ao acompanhar o desenvolvimento do bebê, que podem ir da alegria e da expectativa à insegurança e à dúvida.
Quando essas emoções não recebem a devida atenção da família e o acompanhamento adequado de profissionais de saúde, podem abrir espaço para quadros de depressão, tanto durante a gravidez quanto no período pós-parto.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo, cerca de 10% das gestantes e 13% das puérperas sofrem de algum transtorno mental, principalmente depressão, condição que, se não identificada e tratada, pode trazer riscos para a saúde da mãe e do bebê.
Durante a gestação é comum que ocorra uma alteração de humor da gestante, isso principalmente por conta dos efeitos hormonais. Mas é importante que haja uma atenção especial quando alguns sintomas se tornam persistentes.
Sinais de alerta nessa fase, como tristeza recorrente, angústia, perda de interesse em atividades antes prazerosas, alterações no sono e no apetite, cansaço constante, dificuldade de concentração, sentimento de culpa e de inadequação em relação à maternidade, além de pensamentos relacionados à morte em casos mais graves.
Por isso, é fundamental que familiares e profissionais de saúde estejam atentos a esses sinais. Se os sintomas persistirem por dias ou semanas, prejudicando a rotina, é indispensável buscar ajuda especializada.
O suporte médico, psicológico e social é essencial tanto para a prevenção quanto para o manejo da depressão pós-parto, sobretudo após experiências de perda. Recomenda-se acompanhamento psicológico em gestações subsequentes e a criação de espaços de apoio nos quais mulheres possam compartilhar experiências.
A atuação de uma equipe multiprofissional, com empatia e atenção constante, é decisiva para fortalecer a saúde mental materna e reduzir os riscos de complicações emocionais.