22/03/2022
Pandemia
Por Joanna Carolina Martins
Texto escrito no início da pandemia, porém ainda atual; especialmente quando assistimos as imagens terríveis dos bombardeios e de suas vítimas.
Neste período somos convocados a sentir e pensar o tempo todo. Angústias, medos, por vezes desespero nos assolam, dependendo de nossas vivências, passadas e/ou atuais. Cabe a nós, com ou sem auxílio, encontrarmos forças para vencer o medo e nos reinventarmos. É momento de cuidar, de criar, de não mexer e/ou apaziguar dores antigas. É momento de acolhimento. De encontrar soluções, de acomodar angústias, acalmar desesperos. É momento de espera. Momento de união, mesmo que por meio virtual, mesmo que em pensamento, mesmo somente em sentimento.
Nesse período precisamos cuidar de quem precisa e da gente mesmo. Acomodar nossos medos, angústias, dividir sentimentos, falar e ouvir, mesmo à distância. Proporcionar escuta, pensar juntos em soluções, ajudar a pensar. É momento de apoio. De diversas formas e de escuta, de todos os modos. Da gente mesmo e do outro. Não sabemos quem está doente, quem adoeceu ou adoecerá (física e emocionalmente) e quem não conseguirá resistir.
Nesse período temos que lidar com o imprevisto, ou previsto. Com o inesperado. Felizmente há as surpresas boas. Que aquecem o coração, permitem acreditarmos que tudo passará. “Entre mortos e feridos, salvaram-se todos”. Se lutarmos e fizermos nossa parte, essa frase impossível pode virar um pouco mais possível.
É necessário ter esperança. Assim eu penso.
Penso também que cada um de nós, ao usar a criatividade, ao refletir sobre de que forma pode ajudar o outro, além de manter-se em casa neste período, fornecerá grande ajuda. Cada pessoa na sua área, com sua especificidade, cada qual com o que sabe ou deseja fazer para ajudar. Cada pessoa possui uma forma de fornecer auxílio, dividindo conhecimentos, se tornando disponível, fornecendo modelos de soluções...
Como psicóloga, posso oferecer minha escrita, meus pensamentos, meus conhecimentos, acolhimento, minha escuta, meu atendimento (on-line).
Se a angústia, o medo, o desespero estiverem difíceis de serem apaziguados, converse com alguém e necessitando, procure um psicólogo. Será de grande importância e ajuda nesse momento.
Mas, acredite, essa situação difícil que todos estamos vivendo, irá passar. Não sei quando. Mas passará.
Joanna Carolina Ramalho e Oliveira Martins
CRP:12/02958